Por não haver médico plantonista, jovem em trabalho de parto foi atendida por uma enfermeira e mais duas profissionais que estavam no plantão
Novo Aripuanã – Família denúncia profissionais do Hospital Regional de Novo Aripuanã por homicídio. Em trabalho de parto e sem médico plantonista na unidade de saúde, jovem de 17 anos foi atendida por uma enfermeira e mais duas profissionais que estavam no plantão. O recém-nascido morreu no dia seguinte ao parto, por parada cardiorrespiratória.
A gestante, acompanhada da sogra, deu entrada no hospital às 19h30 do
dia 3 de abril e iniciou o trabalho de parto às 5h21, já na madrugada do
dia seguinte. A família chegou a ser informada que o médico não estava
na unidade de saúde mas encontrava-se no município.
“Além de me abandonarem em uma cama por horas perdendo líquido e
sangue, não fizeram nenhum exame para confirmar que o bebê era grande
como eu dizia, se eu tinha como ter um parto normal. Sequer mediram
minha pressão, fizerem tudo na adivinhação e experimentação, como se
estivéssemos no meio do mato, e só chamaram o médico depois que viram
que a criança estava toda roxa, parecendo estar sem vida. Se tivessem
feito uma cesária, meu filho estaria vivo. Era visível que elas não
sabiam o que estavam fazendo ali”, relatou a mãe.
A jovem disse que após o nascimento do bebê, o médico foi chamado e de imediado constatou que o recém-nascido precisava ser transferido para Manaus, em razão da unidade hospitalar de Novo Aripuanã não ter equipamentos ou Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O encaminhamento foi realizado às 8h no dia 4 de abril, tendo resposta negativa às 10h, alegando falta de leitos e UTI nos hospitais da capital amazonense. O récem-nascido Vitor Inácio Lemos Couto faleceu às 14h17 em decorrência de “parada cardiorrespiratória, coasdação intravascular e sepsis neonatal”.
A jovem disse que após o nascimento do bebê, o médico foi chamado e de imediado constatou que o recém-nascido precisava ser transferido para Manaus, em razão da unidade hospitalar de Novo Aripuanã não ter equipamentos ou Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O encaminhamento foi realizado às 8h no dia 4 de abril, tendo resposta negativa às 10h, alegando falta de leitos e UTI nos hospitais da capital amazonense. O récem-nascido Vitor Inácio Lemos Couto faleceu às 14h17 em decorrência de “parada cardiorrespiratória, coasdação intravascular e sepsis neonatal”.
Raylândia Alves, sogra da jovem, registrou um Boletim de Ocorrência
(B.O.), no dia 04 de abril, após o falecimento do recém-nascido, onde
relata o atendimento na unidade médica e acusa as envolvidas de
homicídio culposo (quando não há a intenção de matar). “Além de todo o
sofrimento, o hospital entregou meu neto todo coberto para esconder os
hematomas que se encontravam no seu corpo. Essa criança sofreu sem poder
pedir ajuda, e eu só me pergunto por quê fizeram isso com meu neto”,
relata a avó do bebê.
Ainda segundo Raylândia, não é a primeira vez que essa situação acontece no município. “É muito doloroso para nós, está sendo, era um bebê muito esperado por toda a família. Elas (profissionais da unidade hospitalar) só fazem o que querem, não escutam o que o paciente quer dizer, acham que a gente não sabe de nada, que só elas entendem de tudo e isso sempre acontece aqui em Novo Aripuanã, todo mundo fica calado, é mais uma vítima, mas um bebê que vai embora. Quando não é o recém-nascido, é a mãe, sempre para eles é mais uma vítima, aqui a negligência é total”, disse.
Ainda segundo Raylândia, não é a primeira vez que essa situação acontece no município. “É muito doloroso para nós, está sendo, era um bebê muito esperado por toda a família. Elas (profissionais da unidade hospitalar) só fazem o que querem, não escutam o que o paciente quer dizer, acham que a gente não sabe de nada, que só elas entendem de tudo e isso sempre acontece aqui em Novo Aripuanã, todo mundo fica calado, é mais uma vítima, mas um bebê que vai embora. Quando não é o recém-nascido, é a mãe, sempre para eles é mais uma vítima, aqui a negligência é total”, disse.
D24am
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