quarta-feira, 22 de abril de 2020

Família denuncia que bebê morreu por negligência médica: 'Passou da hora de nascer'

Segundo avó da criança, mãe passou um dia todo sendo forçada ao trabalho de parto normal, enquanto a equipe médica poderia ter feito uma cesariana. Maternidade Nascer Cidadão alega que seguiu os protocolos médicos.

A Maternidade Nascer Cidadão informou, em nota, que seguiu todos os protocolos médicos e não houve irregularidade (veja o posicionamento na íntegra ao fim do texto)

O parto aconteceu na noite do último dia 17 de abril. Avó da criança e sogra de Letícia, Tânia Guimarães denuncia dois problemas durante o atendimento da maternidade. O primeiro, segundo ela, é a negligência por parte da equipe médica que induziu o parto normal. 

O segundo erro para a família foi a demora em conseguir uma UTI para a recém-nascida. A bebê conseguiu uma vaga no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia, no domingo (19), onde morreu poucas horas depois de dar entrada, segundo a avó. 

"Por que eles não se esforçaram para nos ajudar? Nós vimos mães saírem com o bebê no colo, e o nosso saiu no caixão. A médica me chamou e falou para eu despedir da minha neta porque ela não resistiu. A pediatra afirmou que a bebê estava normal, mas passou da hora de nascer", denuncia Tânia.
 
Maternidade nega irregularidade 
 
A Maternidade Nascer Cidadão (MNC) informa que ao chegar na maternidade com 40 semanas de gestação na sexta-feira,17, a paciente citada no vídeo foi internada sem apresentar sinais de trabalho de parto e sem indicação à cesariana. 
 
Em respeito aos protocolos médicos do Ministério da Saúde, foi indicada e realizada a indução ao parto normal, com anuência da paciente, às 14h. A evolução ao trabalho de parto aconteceu dentro da normalidade, de forma rápida, e a paciente esteve acompanhada a todo momento de equipe obstétrica multidisciplinar.
 
Mesmo com as avaliações normais durante todo o período e o parto sem nenhuma intercorrência, a bebê nasceu às 23h em estado grave, recebendo todos os cuidados de terapia intensiva no berçário da MNC, como ventilação mecânica, incubadora e medicação adequada, e com solicitação de transferência para uma Unidade de Terapia Intensiva.
 
No domingo, 19, quando disponibilizada vaga de UTI, a bebê foi transferida com vida via UTI móvel acompanhada de equipe médica completa para outra unidade de saúde. A MNC ressalta que a transferência para UTIs depende da liberação de vagas na rede conveniada, o que foi esclarecido para a família, assim como a gravidade da situação em que a criança se encontrava.
 
 A equipe da MNC lamenta a fatalidade ocorrida e roga a Deus que conforte os corações da família neste momento de dor, colocando-se à disposição mais uma vez.
 


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