segunda-feira, 13 de abril de 2020

Mãe se desespera sem saber quando enterrará filha morta em posto

Segundo a Sesau (Secretária Municipal de Saúde) a jovem morreu com suspeita de covid-19 
A auxiliar de serviços gerais Tatiane Cristina de Morais Santos, 35 anos, era a imagem do desespero nesta manhã. Ela soube que não há prazo para poder enterrar o corpo da filha, Jenifer Tais Rodrigues de Morais, 18 anos, que viu morrer de uma hora para outra, neste fim de semana. 

A jovem faleceu na noite de ontem (12), no CRS (Centro Regional de Saúde) do Tiradentes após tomar duas injeções, de Diazepam e Dexametasona, direto na veia, conforme a informação da família. A Sesau (Secretária Municipal de Saúde), porém, diz que a jovem estava sob suspeita de contágio pelo novo coronavírus (covid-19).

Inicialmente, a família havia registrado o caso como morte a esclarecer, pois suspeitava de erro médico. Mas depois mudou o boletim de ocorrência para morte natural, embora mantenha o pedido de investigação e rejeite a possibilidade de a menina ter sido vítima do novo coronavírus.

“Eu só quero que a Justiça seja feita. Nada vai trazer minha filha de volta”, disse Tatiane em frente ao Instituto Médico Odontológico Legal.

Como havia a suspeita de erro médico, o corpo foi levado para o IMOL Lá, seria feito o exame necroscópico e o corpo demoraria pelo menos 15 dias para ser liberado. Como a família alterou o registro para morte natural, foi coletado material genético e levado para o Lacen (Laboratório Central de Mato Grosso do Sul), que vai apontar se a causa do óbito é covid-19.
 


Relato - À reportagem, Tatiane disse que continua vendo indícios de erro médico. Segundo ela, s a filha tomou duas medicações direto na veia e na sequência começou a passar mal. “Ela praticamente morreu nos meus braços. Gritava por socorro e ninguém ia lá ver o que estava acontecendo”, disse em prantos, enquanto era amparada pela a família.

Jenifer sofria de bronquite asmática e era a mais velha de quatro irmãos.

Tatiane afirma que a filha, sempre quando passava mal, era levada para o posto de saúde e que nunca foi aplicada medicação direto na veia. “Ela já chegou a tomar esse remédio. Mas, era diluído no soro”, lamentou.




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