Glaucia Soares chegou a ser isolada com suspeita de coronavírus, mas o resultado deu negativo. Bebê foi retirada em parto de emergência e respira por aparelhos.
A família de uma técnica de enfermagem grávida de 36 semanas denunciou
que a mulher morreu sem atendimento no Hospital Municipal Pedro II, em
Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. O bebê foi salvo em um parto de
emergência e passou a respirar com ajuda de aparelhos.
Glaucia Soares chegou a ser isolada com suspeita de coronavírus,
mas o resultado deu negativo. O atestado de óbito indicou que ela
morreu de infecção pulmonar. Ela tinha problemas respiratórios e sofria
de crise de ansiedade, segundo o marido.
A técnica de enfermagem recebeu atendimento no Hospital Municipal Rocha
Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, nos dias 19, 20, 21 e 22
de março. O prontuário do último dia revelou que ela chegou com falta de
ar, passou por exames, recebeu medicamentos e foi liberada.
No dia 23, Glaucia voltou passar mal e procurou o Hospital Municipal Pedro II.
O marido dela, identificado como Ângelo, contou ao RJ2
que ela deu entrada na unidade hospitalar por volta das 16h30 com crise
de ansiedade e falta de ar. A equipe médica teria tratado o caso dela
como suspeita de coronavírus após a realização de uma tomografia.
De acordo com o marido, Glaucia ficou sem remédio, soro e tratamento.
“A minha esposa não teve assistência médica necessária naquela unidade hospitalar. Deixaram ela até 23h sem estar no oxigênio, sem estar com um acesso, sem estar entubada com a crise que ela se encontrava. Ela dizendo que tinha pneumonia, que foi fumante e que tinha crise de ansiedade”, denunciou o marido.
Ângelo contou, ainda, que a gravidade do caso só foi percebida no fim da noite.
"Quando uma medica apareceu na sala, eu estava falando com ela no
telefone. A médica pediu para que ela desligasse o telefone, ela não
desligou e eu escutei a conversa. A médica perguntou pelos exames e ela
disse que só tinha feito uma tomografia, que não colheram sangue para
fazer exame. Quando foi tomar as devidas providencias lá no hospital, já
era tarde. Ela não teve a oportunidade de conhecer a sua filha porque
esse direito foi negado”, contou o marido.
A Secretaria Municipal de Saúde disse que prestou toda a assistência
durante a internação de Glaucia no Hospital Pedro II. O caso foi
notificado para a Vigilância Sanitária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário