Foto: Juína News |
Após várias denúncias feitas por pacientes sobre a superlotação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Juína, onde internautas fizeram reclamações através de vídeos feitos através de telefones celulares, a denúncia foi parar no Ministério Público Estadual (MPE), onde o promotor Marcelo Linhares tomou ciência da situação e foi até a UPA para constatar de perto a veracidade dos fatos.
Marcelo Linhares confirmou ao site Juína News a veracidade dos fatos denunciados pelos pacientes, e também estendeu a visita até o Hospital Municipal “Dr Hideo Sakuno”, onde também havia denúncias de superlotação, e constatou novamente que as denúncias também eram verdadeiras.
O promotor confirmou que desde sábado havia pacientes nos corredores em macas, onde então conversou com a direção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e foi informado que a superlotação da mesma se dava devido ao Hospital Municipal não ter mais vagas para internações, e que alguns pacientes que ali estavam nos corredores, necessitavam de atendimentos com prazos maiores que o oferecido pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que é de 24 horas, onde é o tempo necessário para observar e clinicar o paciente antes da alta ou de encaminhá-lo para o Hospital Municipal “Hideo SAkuno”.
Marcelo Linhares também conversou com a direção do hospital municipal, onde lhe foi passado que o hospital está atendendo uma grande demanda regional, ou seja, pacientes de outros municípios estão sendo enviados para a cidade de Juína, o que gera então um grande transtorno e superlotação do hospital, e com isso, os pacientes do município ficam sem atendimento. Sendo que a demanda que está sendo atendida pelo hospital municipal aos pacientes de outros municípios gerou uma grande evasão de recursos para atender a situação de urgências e emergias aos pacientes locais.
Marcelo ressaltou que muitos pacientes que estão internados no hospital municipal “Hideo Sakuno”, acabam ocupando vagas por mais tempo que o necessário, e com isso os novos pacientes que chegam com urgências ficam nos corredores em macas, o promotor de justiça disse que está havendo uma má organização dos fluxos entre a Unidade de Pronto Atendimento e o hospital municipal.
Linhares falou ainda que nesta semana em uma reunião de um outro assunto sobre o caso dos médicos ortopedistas, a questão da superlotação foi apontada, onde o mesmo disse que ainda não teve uma conversa formal com a pasta da saúde, porém já protocolou notificações para que haja uma melhor adequação, sendo que o município de Juína não tem obrigação de arcar com as obrigações dos outros municípios, que a prioridade é dos munícipes de Juína, podendo o hospital municipal atender os demais municípios nos casos em que não houver pacientes locais em urgências/emergências, e quando fizer atendimento a pacientes de outros municípios o mesmo tem que ser ressarcido, sem causar prejuízo para os órgãos de saúde locais.
Não se pode deixar um paciente aguardando por cirurgia por muito tempo aguardando dentro do hospital, pontuou o promotor de justiça Marcelo Linhares, onde também pediu para que as avaliações sejam mais criteriosas ao se colocar um paciente internado por vários dias sem a extrema necessidade. E que se deve organizar os internamentos como é na capital Cuiabá, onde os pacientes aguardam na casa de apoio e somente são internadas no dia em que vão fazer as cirurgias.
A promotoria vai intimar o prefeito para que possa sentar com o Ministério Público para uma estratégia e resolução do problema, onde já se conversou com a secretária municipal de saúde sobre o plano regionalizado, visando a adequação do mesmo, onde seja definitivamente cumprido de forma correta, e também para que se resolva a questão do governo do estado, que segundo Marcelo Linhares está em débito com a pasta da saúde do município de Juína, o que tem dificultado atendimento de algumas especialidades. Porém tudo está encaminhado para que essa reunião aconteça na próxima semana.
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