terça-feira, 23 de outubro de 2018

Vereador denuncia omissão grave de médico no Hospital de Torres

Gimi já levou caso ao Ministério Público. Paciente com sintomas sérios não foi internado porque foi diagnosticado com pneumonia, mas o quadro sugere tuberculose
 
Fachada do Hospital de Torres
 
a última sessão da Câmara de Torres, realizada na segunda-feira, dia 15 de outubro, o vereador Gibraltar Vidal, o Gimi (MDB), em seu pronunciamento denunciou o que qualifica como omissão de socorro feita por um médico plantonista do Hospital Navegantes, em Torres. O vereador narrou fato onde, sábado dia 13, um adolescente de 14 anos teria sido encaminhada do Posto Central de Saúde (PA24h) para o hospital por conta do caso ser considerado Urgência/Emergência. Conforme narrativa do Gimi, após a realização de exames, o mesmo foi diagnosticado com pneumonia.Entretanto, mais tarde, ele voltou ao hospital porque os sintomas teriam piorado…. mas o médico de plantão negou atendimento, por não achar o caso grave. O vereador reclamou porque o menino já estaria com sintomas sérios como falta de ar, dentre outros, quando não foi atendido. O médico assumiu que não iria atender ou internar o paciente ‘porque achava que não era necessário’ (conforme o vereador narrou). Ainda, para encerrar o assunto, o plantonista teria solicitado que os familiares do adolescente, se quisessem, voltassem no início da noite de sábado para ver se o plantonista seguinte entenderia, mais uma vez negando atendimento ao paciente ( tudo conforme denúncia pública do vereador).

 No domingo (15), o adolescente voltou ao hospital com os sintomas agravados. E foi quando ele acabou sendo internado, sendo que a desconfiança nova é que o paciente pode estar com uma crise dentro do quadro de Tuberculose. E foi por isto que o vereador Gimi reclamou, sendo que, para ele, foram dois erros: 1ª) que a criança não foi respeitada quando voltou ao hospital com os sintomas agravados e que indicariam internação, ainda no sábado; 2ª) Que a criança acabou ficando em salas de espera por muito tempo, junto a muitas pessoas, quando já estava com Tuberculose. Consequentemente, expos outros ao vírus.
 
Ministério Público entrou no caso

Conforme o vereador ele constatou as reclamações perante à secretaria de Saúde de Torres – que atendeu o adolescente inicialmente no Posto de Saúde, relatando o caso inclusive junto à Secretária da pasta. Isto foi feito após Gimi ser procurado pelos familiares da criança enferma.A seguir, ele entrou em contado com a Promotoria Pública ( tudo no final de semana). E foi após isto que o promotor e o vereador tiveram que entrar em contato com o diretor técnico do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes para conseguir o atendimento (internação), o que foi feito somente no domingo, com a constatação da desconfiança do quadro de Tuberculose ao invés da pneumonia ( ou os dois juntos). O jovem ainda estava hospitalizado até quarta-feira à noite com os sintomas ainda bem fortes e com cuidados especiais. Mas ainda não havia sido confirmado o quadro de Tuberculose ( desconfiado pelos sintomas). Exames fora feitos e ainda não foram confirmados os resultados até a noite de quinta-feira (18).

“Olha só o risco que estamos correndo. Se for tudo confirmado, um jovem ficou exposto, sofrendo e talvez passando o vírus da Tuberculose na espera. Pra mim isto é omissão de Socorro”, afirmou Gimi em seu pronunciamento. O vereador ainda reclamou da falta de atenção aos mais necessitados nestes casos. “Isto é covardia, fizerem isto com pessoas humildes, as que menos podem resolver por si seus problemas. Tenho certeza que se fosse um figurão, o médico iria atender”, desabafou o vereador, lembrando, no discurso, que a política certa é atender de forma especial os menos favorecidos (mais atenção justamente aos mais humildes).

 No final, o vereador sugeriu um exame de consciência aos servidores da medicina (médicos e outros) que optam para trabalhar em locais que são cadastrados pelo SUS: “ Se acha que o salário é pouco, que não busque emprego no sistema público. Não adianta o município fazer a parte dele se o hospital não faz a sua ao atentar para as contratações”, encerrou Gimi.
 

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