quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Médico é preso após combinar estupros em festa por WhatsApp; jovem foi vítima


 Reprodução
Um médico, residente de Ortopedia, foi detido na noite desta segunda-feira (2) por suspeita de dopar e estuprar uma jovem após uma festa na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Um estudante de medicina também foi preso, suspeito de envolvimento no crime. No celular do médico, foram encontradas mensagens que apontam a premeditação do crime.
 
O estupro ocorreu no último dia 31 de agosto, após uma festa em que estudantes comemoravam os 100 dias da faculdade de medicina. O médico convidou um grupo de amigos para continuar a comemoração na casa dele.
 
No caminho até a residência, o médico teria dopado a vítima com uma pílula de ecstasy sem que ela tivesse conhecimento do entorpecente. Ao chegar em casa, ele praticou o ato sexual enquanto a jovem estava desmaiada e inconsciente.
 
A vítima procurou a polícia 15 dias depois, ainda muito abalada, para denunciar o crime. No Instituto Médico-Legal, o exame de corpo de delito apontou que o ato foi praticado de forma violenta. A jovem apresentou sangramentos, lesões e dores durante quatro dias após o estupro. Policiais encontraram marcas de sangue na cama do médico.
 
O inquérito policial apontou que a droga foi fornecida pelo estudante de medicina. Também foi ele que apresentou a vítima para o médico, de acordo com o depoimento da jovem. No celular do suspeito, a polícia encontrou mensagens que denunciam a premeditação do crime.
 
“Os autores trocaram mensagens de WhatsApp onde narram que já levariam para a festa 'MD para dar para mulherada', o que deixa evidente a intenção de drogar vítimas na festa”, relata Juliana Ziehe, delegada titular da 106ª DP.
 
Na casa do médico, que fica em uma região nobre de Petrópolis, agentes encontraram drogas e remédios tarja preta sem receita e sem qualquer indicação de uso, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, em setembro. Na delegacia, o médico caiu em contradição ao se explicar sobre os remédios.
 
“Ele disse que as anfetaminas tinham sido prescritas pelo neurologista dele, mas não soube informar o nome do médico. Depois disse que os amigos de residência prescreviam os remédios”, disse a delegada.
 
De acordo com a delegada, a jovem pode não ter sido a única vítima de estupro. “Recebemos a denúncia de que pode ter havido outra vítima. Estamos pedindo eventuais vítimas procurem a delegacia, porque esse é um crime que depende de representação”, completa a autoridade.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário