Jovem chegou ao local após ingerir grande quantidade de remédios de uso controlado, mas laudo apontou hemorragia aguda provocada por um objeto contundente como causa da morte.
Yasmin Vitória Fernandes Florentino morreu após dar entrada na UPA de Rio Preto — Foto: Reprodução/TV TEM |
A mãe da jovem que morreu depois de atendimento na UPA Jaguaré, em São José do Rio Preto (SP), prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (15) no terceiro distrito policial da cidade. O laudo do Instituto de Criminalística aponta que a causa da morte foi uma hemorragia interna aguda. A família acusa erro médico.
A mãe de Yasmim Vitória Fernandes Florentino, Cristina Florentino, prestou depoimento por uma hora e meia e disse o que aconteceu no dia em que a filha foi atendida na unidade de pronto atendimento.
“Muito difícil a situação, uma coisa é achar que ela tinha morrido por negligência, por não ter feito um procedimento, agora o médico conseguiu perfurar o pulmão da minha filha, é desastroso, é muito difícil para mim”, afirma Cristina, após sair do depoimento.
Yasmim, de 16 anos, deu entrada na unidade de pronto atendimento do Jaguaré depois de tomar uma grande quantidade de remédios de uso controlado. Segundo a família, uma lavagem gástrica só foi feita horas depois que a adolescente chegou a unidade.
A princípio o caso foi registrado pela polícia como suicídio, mas a situação mudou depois que saiu o laudo do IML (Instituto Médico Legal). O exame que está com o delegado que cuida do caso aponta que a causa da morte foi uma hemorragia interna aguda provocada por um objeto contundente.
O secretário de Saúde de Rio Preto, Aldenis Borim, disse também que está apurando o caso em uma sindicância. “Essa sindicância já passou por auditoria, propôs um processo administrativo, vai se basear na necrópsia e está nessa fase, de análise do caso em si”, diz o secretário.
O delegado Renato Pupo disse que pediu o prontuário médico da Yasmim e vai ouvir todos os profissionais envolvidos no atendimento. “Ela (a mãe) deu detalhes do dia, se queixou de demora no atendimento, de impaciência e citou nomes. Mas todas as pessoas serão chamadas agora, vamos ouvir todo mundo”, afirma.
O inquérito tem 30 dias para ser concluído e a sindicância da prefeitura não tem prazo para ser finalizada.
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