sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Polícia aguarda perícia para determinar se houve erro médico na morte de bebê em São Leopoldo

Delegado diz que ouvirá médicos, enfermeiros e direção do hospital. Segundo os pais do bebê, que já prestaram depoimento, eles foram informados por uma médica, em reunião após a morte, que havia ocorrido um erro por parte do hospital.
 
Polícia vai ouvir funcionários de hospital em São Leopoldo sobre a morte de bebê prematuro
 
A Polícia Civil aguarda resultado da perícia para determinar a causa da morte de um bebê em um hospital de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no último domingo (14). Segundo o delegado que investiga o caso, Joel Souza, a perícia será fundamental para determinar o que aconteceu e qual foi o erro médico.
 
Miguel de Oliveira de Lima tinha sete dias de vida quando morreu. O bebê e a irmã gêmea nasceram prematuros, com 34 semanas. A menina ganhou alta, e ele ficou na UTI Neonatal para ganhar peso. Segundo boletim de ocorrência registrado pelo próprio hospital, uma sonda usada para alimentação foi instalada no lugar errado, dando acesso ao sangue.
 
A polícia já ouviu os pais da criança. “Eles relataram que foram chamados para uma reunião no hospital e uma das médicas contou o que tinha acontecido e disse que teria sido um erro do próprio hospital”, diz o delegado Joel.
 
Ainda de acordo com ele, a polícia recebeu a documentação da parte do hospital nesta quarta-feira (17). “Estamos analisando todos os documentos e relacionando as pessoas que precisamos ouvir. São muitas. Pelo menos quatro médicos, cinco enfermeiros e técnicos, além da direção do hospital”, acrescenta.
 
Entre a documentação recebida, está o prontuário, em que consta que uma técnica de enfermagem infetou 35 ml de leite na veia do bebê, o que deveria ter sido feito com uma sonda, diz o delegado.
Caso seja comprovada a negligência por parte do hospital, os funcionários serão indiciados. “Bem provável que teremos vários indiciados neste caso”, completa.
 
A direção do Hospital Centenário informou por nota que afastou todos os funcionários que cuidavam de Miguel e estavam de plantão até que a sindicância para apurar o que aconteceu seja concluída. A partir desta sexta-feira (19), eles devem começar a ser ouvidos também pelo próprio hospital.
 

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