Yasmin Florentino foi admitida na UPA Jaguaré com quadro de intoxicação por medicamentos, mas permaneceu em observação por 12 horas, sem nenhum tipo de monitoramento eletrônico. Procedimentos adotados para reverter o coma perfuraram órgãos dela.
Em julho deste ano, a CBN noticiou a morte de uma adolescente de 16 anos na UPA Jaguaré.
No dia 08 daquele mês, a estudante Yasmin Vitória Floretino ingeriu grande quantidade de medicamentos. Foi socorrida ainda consciente pelo Corpo de Bombeiros até a UPA e morreu após permanecer 12 horas em observação. Na ocasião, a mãe dela, Cristina Florentino, denunciou que os médicos foram negligentes, porque não tomaram nenhuma iniciativa para desintoxicar a adolescente e não monitoraram seu estado de saúde.
Quando a equipe percebeu que Yasmin estava em coma, realizou procedimentos de emergência que acabaram matando a menina. A sucessão de erros médicos foi comprovada por um laudo emitido pelo Instituto Médico Legal, que apontou como causa da morte anemia decorrente de hemorragia traumática provocada por instrumento perfurante.
A CBN convidou o perito criminal e médico legista Levi Inimá Miranda para analisar o documento. Para ele, este é um caso de homicídio culposo por negligência, imperícia e imprudência. "Sinceramente, eu estudo Medicina Legal desde 1980. Atuo na área há quase 40 anos. Eu nunca vi uma sucessão de erros médicos tão graves que ocasionaram a morte de uma criatura".
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Diante da notícia, a reportagem procurou a Secretaria de Saúde, que na ocasião da morte da adolescente informou ter instaurado sindicância para investigar a conduta do médico plantonista. Até o momento não recebemos resposta sobre a conclusão do procedimento iniciado há quase três meses.
O delegado João Lafaiete Sanches Fernandes, do 3º Distrito Policial, preside inquérito que tem por objetivo identificar se houve crime no caso em questão. Ele não foi localizado nesta quarta-feira para comentar em que fase está a investigação e se vai indiciar o médico com base na conclusão do laudo.
CBN
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