quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Polícia interrompe velório de mulher que morreu após cirurgias plásticas em BH

Após colocar próteses de silicone e fazer lipoaspiração em clínica na Zona Sul de Belo Horizonte, mulher passou mal e morreu nessa segunda-feira. Hoje, funeral foi interrompido pela polícia para que o corpo fosse examinado, dando início às investigações

Renata Bretas passou por cirurgia na semana passada e morreu nessa segunda-feira em Itabirito

A Polícia Civil começa a investigar a morte da atendente Renata Avelino Bretas, 35 anos, que morreu após passar por dois procedimentos estéticos em uma clínica na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A mulher era moradora de Itabirito, onde foi sepultada nesta terça-feira. Pela manhã, pouco antes do enterro, policiais interromperam a cerimônia informando que seria necessário fazer a autópsia do corpo. Ele foi levado para um posto médico da cidade, onde passou pelos procedimentos e depois foi liberado para o enterro.
 
Renata passou por duas intervenções na semana passada em uma clínica de cirurgia plástica na Clínica Forma, Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ela colocou próteses de silicone nos seios e fez lipoaspiração na região das axilas. 

Familiares de Renata que acompanhavam o velório no Cemitério Parque da Esperança disseram à reportagem da TV Alterosa nesta manhã que as cirurgias foram realizadas na quarta-feira passada, dia 17, e que ela passou mal já no pós-operatório. Ela foi atendida na clínica e liberada. A mulher passou mal em casa, voltou à clínica na sexta-feira para trocar os curativos, e passou mal na clínica novamente.Segundo os parentes, na segunda ela teve um novo episódio e chegou a ter convulsões. Ela chegou a ser socorrida em um hospital de Itabirito, onde morreu. A causa da morte foi embolia pulmonar.

O cirurgião plástico Frederico Vasconcelos, que operou Renata, atribuiu a morte da paciente a uma fatalidade. “Foi uma infeliz variável de fatores da medicina”, disse na tarde desta terça-feira, durante entrevista coletiva. Segundo o médico, ela fez todos os procedimentos pré-operatórios, incluindo consultas com cardiologista e anestesista, e nada mostrou qualquer risco. Ele relatou que a paciente foi ao consultório dois dias depois para o retorno obrigatório do pós-operatório e que chegou andando e falando normalmente. Continuou conversando por mensagem com a enfermeira, dizendo que estava bem e reclamando apenas do desconforto dos curativos. 

“Na segunda de manhã, o namorado dela comunicou à clínica que a Renata acordou bem, que o pai dela saiu para comprar algo no supermercado e, quando voltou, notou que a filha estava passando mal, entrado num quado de insuficiência respiratória”, contou. “Quando acabei a cirurgia voltei a falar com o namorado e com o médico que prestava atendimento. O quadro, de acordo com ele, era de embolia pulmonar aguda, que pode ocorrer a qualquer momento e em questão de minutos.”

Sepultamento

 
O enterro de Renata estava marcado para as 10h, mas os familiares e amigos foram surpreendidos pela chegada da Polícia Civil, dizendo que seria necessário realizar a autópsia antes do enterro. As pessoas que estavam no local chegaram a chamar a Polícia Militar (PM), que compareceu ao local e ajudou a apaziguar os ânimos. 

O delegado que esteve no local informou que a ocorrência do caso seria feita hoje, mas como a mulher passou mal após uma cirurgia o caso precisa ser investigado. Uma médica legista foi chamada para realizar o procedimento, que deve levar uma hora, e depois o corpo será liberado para o sepultamento. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário