sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Ministério Público denuncia médico e estudante por estupro de vulnerável

Denúncia afirma que os suspeitos anularam a capacidade de resistência da vítima
 
 
A  operação “Tarja Preta”, realizada no início do mês, ganhou um novo desdobramento. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Petrópolis, denunciou o médico Lucas Pena de Oliveira e o estudante Guilherme Amorim Tobias, pelo crime de estupro de vulnerável. No documento, o MP diz que "a dupla anulou o discernimento e a capacidade de resistência de uma universitária, que teria sido drogada por eles, sendo em seguida, abusada sexualmente".
 
O ortopedista foi preso na noite de segunda-feira (1º), durante operação desencadeada por policiais civis da 106ª Delegacia de Polícia, em Itaipava. Na ocasião, os mandados foram cumpridos na Rua Roberto Silveira e Estrada União e Indústria. O médico foi preso em casa e o estudante em uma academia, em Corrêas. A ordem de prisão foi expedida pela 1ª Vara Criminal.
 
De acordo com o MP, Guilherme não praticou atos sexuais contra a vítima, mas colaborou ao entregar para Lucas a droga utilizada para a conclusão do ato, além de ter conduzido a jovem ao local do crime. Conversas entre os denunciados também demonstraram a intenção da dupla de dopar as mulheres durante a “Festa dos 100 dias” – comemoração anterior à formatura do curso de medicina de uma faculdade. Depoimentos também foram colhidos durante as investigações.
 
Os dois foram denunciados pela vítima 15 dias depois do ocorrido. Segundo a polícia, após a ingestão da droga, a vítima teria desmaiado, sendo levada para o apartamento do médico, onde foi estuprada.
 
O ato violento foi confirmado pelos exames realizados no Instituto Médico Legal (IML), em Corrêas. Nas buscas realizadas na casa do suspeito, também foram apreendidos maconha e remédios de tarja preta de uso controlado. Na ocasião, os suspeitos negaram a ação, mas foram presos.
 
O crime de estupro de vulnerável (artigo 217 do Código Penal) prevê pena de oito a quinze anos de prisão.  O Ministério Público ainda solicitou a decretação da prisão preventiva dos denunciados.
 
O Diário entrou em contato com o advogado dos suspeitos, que preferiu não se manifestar.

Diário de Petrópolis

Nenhum comentário:

Postar um comentário