sábado, 29 de setembro de 2018

Após médico não atender quem não vota em Bolsonaro, Cremego reafirma ser contra discriminação

Conselho aguarda denúncias sobre ginecologista que se recusou a atender quem não volta no candidato do PSL

Foto: Divulgação

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) se posicionou sobre vídeo em que uma atendente pede que pacientes do ginecologista Cláudio Coelho vão embora, caso não votem no candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). O conselho afirma que ainda não recebeu denúncias, mas que, de antemão, “rechaça qualquer tipo de discriminação a pacientes”.

O caso ocorreu no Hospital Vittá e o momento em que a atendente anuncia que o ginecologista não vai atender às pacientes contrárias ao candidato do PSL foi gravado em vídeo e tem circulado na internet. O hospital não se posicionou e o médico e seu advogado ainda não foram localizados.
Confira nota na íntegra:
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) orienta os pacientes a encaminharem a denúncia ao Conselho, informando inclusive o nome do médico e local da gravação do vídeo ao qual o Regional teve acesso apenas pela imprensa e internet, para que seja apurado se houve infração ética. O Cremego rechaça qualquer tipo de discriminação a pacientes, mas só poderá se posicionar sobre o assunto após a apuração dos fatos, pois o Código de Ética Médica, em seu capítulo I, garante a autonomia do profissional para o atendimento (Capítulo I, VII – O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente).
Jornal Opção

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