segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Paciente morre e família denuncia negligência médica no Hospital de Butiá

Sem receber a atenção necessária, paciente foi transferida para Porto Alegre e acabou morrendo em decorrência do agravamento do quadro

Hospital de Butiá - Foto: Banco de dados

Kátia Tamara Vieira, 55 anos, filha de Procópio Farinha Vieira, um dos emancipacionistas da cidade, morreu na última quarta-feira, 19, em decorrência de negligência médica e mau atendimento no Hospital de Butiá. A denúncia é do seu filho, Thiago Vieira de Andrade, que relata que ela foi atendida no hospital por volta das 20 horas de sexta-feira, 14, aonde chegou com fortes dores abdominais e pressão muito alta, mas não teria recebido os cuidados médicos necessários.


De acordo com Andrade, que é profissional da área de enfermagem, as enfermeiras dificuldades para medir a pressão e encontrar uma veia pra aplicação de medicamento.

Um exame de raio-x do aparelho digestivo da paciente também não foi realizado. O médico informou à família que teriam sido aplicadas duas injeções de morfina contra a dor, mas esta informação é contestada com base no laudo médico. Diante do atendimento precário, o marido de Kátia, José Ricardo Pinheiro Andrade, pediu que a paciente fosse transferida para Porto Alegre, mas o médico não estava no local naquele momento para fazer o pedido de transferência. Além disso, foram informados que o Hospital Conceição não os atenderia. Diante da insistência, a transferência acabou sendo autorizada e Kátia saiu de Butiá já no final da noite, em uma ambulância sem condições.

“Nao avaliaram a situação dela, não examinaram para dar um parecer. Um médico não ver a gravidade da situação? Para que tem médico nesta m*? Não bastasse essa tortura, ainda tinha que esperar alguém achar o motorista para dirigir aquele camburão de carregar porcos, pois aquela ambulância não poderia ser chamada assim. Não pode carregar humanos, doentes. Balançando,trepidando. Esse é o governo que temos, a saúde que temos! Profissionais que nem deveriam ser chamados assim”, publicou Andrade em uma rede social.

Ao chegar ao Hospital Conceição, na Capital, Kátia foi atendida imediatamente, fez todos os exames incluindo o raio-x e, diante da gravidade do caso, foi submetida a uma cirurgia para remoção de parte dos intestinos, mas o quadro já era irreversível e ela acabou morrendo na quarta-feira, 19.

“Um médico no Butiá não soube detectar todos os sintomas que ela sentia? Comprou o diploma? Minha mãe poderia estar agora no quarto se recuperando da cirurgia, conversando comigo, meu pai e meus irmãos, mas não. Devido à demora ela infelizmente teve praticamente todo o intestino afetado e está no quarto sim, mas com nós assistindo seus órgãos parando aos poucos, o corpo se entregando em coma induzido, pois se tivesse acordada ela iria agonizar horrivelmente”, diz o relato de Andrade, horas antes da morte da mãe. “A saúde nao pode ser tratada dessa forma! O ser humano não pode ser tratado dessa forma!”, complementa. O relato pode ser lido na íntegra no final da matéria.

Andrade conta que voltou ao Hospital no dia da morte da mãe para pedir o prontuário da paciente e cobrar explicações do médico e da instituição, mas a Brigada Militar foi chamada e ele nãorecebeu as informações. 

Na rede social onde o relato foi publicado, outras pessoas também relataram casos de negligência ou mau atendimento no Hospital de Butiá.

Negligência era denunciada há semanas

De acordo com o vereador Joel Maraschin (MDB), os casos de negligência envolvendo o médico que atendeu à paciente vinham sendo denunciados na tribuna da Câmara de Vereadores, mas nenhuma atitude foi tomada.

- Há três semanas venho denunciando na tribuna da Câmara de Vereadores relatos de negligência e mau atendimento deste médico irresponsável, que não tem postura para exercer a profissão. Ao citar os casos de mau atendimento, alertei que a qualquer momento poderia acontecer algo mais sério, e aconteceu. Acabamos de perder uma vida por erro médico, além da demora para enviar a paciente para Porto Alegre. Estamos encaminhando uma denúncia ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Medicina – revela Maraschin.

O que diz a Prefeitura

Procurado pela reportagem, o prefeito Daniel Almeida informou que o caso está sendo investigado.

Íntegra do relato de Thiago Andrada

Quero dar os parabéns ao atendimento prestado à esposa do Sr José,  Kátia Tamara Vieira, minha mãe nesta última sexta-feira dia 14/09 no hospital ou postinho de Butiá RS

Atendimento este que iniciou por volta das 20:11, as "enfermeiras" que não sei nome tentaram aferir a pressão da minha mãe, tentaram, pois acho que não treinaram isso ou não aprenderam a mexer no equipamento.

Se quer sabem encontrar as veias para colocar o soro. Com uma pressão de 30.16 que não baixava e uma dor infernal no intestino, gritava por socorro neste "Hospital".

O médico disse que tinha dado duas injeções de morfina, oque não confere com o laudo.
Meu pai pedindo urgência no caso,  pede transferência para Porto Alegre, pois qualquer leigo sabe que era grave. Onde estava o médico?

Claro, fumando na rua, não se encontrava ele para agilizar a transferência da minha mãe para Porto alegre. Nem o Raio x foi feito. (Lembrem desta parte).

Diziam que o Conceição não receberia ninguém e que iríamos apenas perder a viagem. "Aí fulana passa um batom bem bonito que eles deixam tu entrar la" cadê o respeito?

Não avaliaram a situação dela , não examinaram para dar um parecer.  Um médico não ver a gravidade da situação? Para que tem medico médico nesta merda?

Não bastasse essa tortura ainda tinha que esperar alguém achar o motorista para dirigir aquele camburão de carregar porcos, pois aquela ambulância não poderia ser chamada assim. Não pode carregar humanos, doentes. Balançando, trepidando.

O que o motorista fazia? Jantando enquanto minha mãe clamava pela vida?

Esse é o governo que temos, a saúde que temos! Profissionais que nem deveriam ser chamados assim.

Minha mãe saiu do Butiá perto da meia-noite.

Horas preciosas que uma pessoa focada e interessada pela vida se daria conta que precisava poupar.

Ao contrário do que pregaram a horas de que o Conceição não receberia ela, a mesma foi recebida na hora, fizeram todos os exames possíveis ao longo da madrugada, fizeram o RAIO-X(lembram?) Neste mostrou que havia 3 incidências com distensão da alça do delgado e ENTÃO visto isso foram para a Tomografia e constataram no início da manhã que ela já estava  com um trombo no intestino. Houve uma ruptura na veia mesentérica ocasionando trombose.

Um médico no Butiá  não soube detectar todos os sintomas que ela sentia? Comprou o diploma?

Ela foi levada para o centro cirúrgico para tirar uma parte do intestino.

Minha mãe poderia estar agora no quarto se recuperando da cirurgia conversando comigo,meu pai e meus irmãos,  mas não.  Devido a demora ela infelizmente teve praticamente todo o intestino afetado e está no quarto sim, mas com nós assistindo seus órgãos parando aos poucos, o corpo se entregando em coma induzido, pois se tivesse acordada ela iria agonizar horrivelmente.

Como eu e minha família nos sentimos? Não queiram saber, pois minha mãe que eu amo de mais não merecia isso, filha de um homem Procópio Farinha Vieira que fez o que fez pela cidade, procurem ler a história, recebe este PAGUE.

Uma ótima mãe,  dona de casa que não cansava de dizer aos filhos que os amava e que queria viajar, conhecer novos lugares, ver coisa novas, coisas boas. Não vai poder mais. A quem estamos parabenizando mesmo?

Secretário de Saúde, chefe do hospital, médico,  enfermeiros.

A SAÚDE NÃO PODE SER TRATADA DESSA FORMA! O SER HUMANO NÃO PODE SER TRATADO DESSA FORMA!

Pessoas Estão lá por indicação política, partidária. Não por capacidade! Chega disso!
Vidas Estão se perdendo por isso!
Minha mãe não merece!
Quero justiça!

Isso é um desabafo de um filho que está perdendo a sua mãe. Aos que pensam que estou errado, se calem! não venham me falar besteira, apenas pensem, e quando for as suas mães?

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