segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Médico preso acusado de omissão de socorro denuncia bombeiro por abuso de poder

Clínico-geral disse que não lhe restou escolha
(Foto: arquivo/Midiamax)

O médico de 31 anos preso após se negar a receber um paciente na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Universitário, na última quinta-feira (13), procurou a polícia para contar sua versão da história e registrou um boletim de ocorrência por abuso de poder contra o bombeiro militar que lhe deu voz de prisão.

O clínico-geral contou que a superlotação da unidade não lhe permitiu outra escolha, que não solicitar a transferência da vítima a outra unidade de saúde. À polícia, o profissional comunica que no momento em que a viatura do Corpo de Bombeiros chegou ao local, regulada pelo Samu, foi informado por uma enfermeira que a unidade estaria lotada e sem condições de receber novos pacientes.

Ele também relatou que uma técnica de enfermagem informou a situação ao militar do Corpo de Bombeiros, responsável pelo deslocamento, mas ele teria dito que não seria possível conduzir o paciente a outra unidade da Capital.
     
O militar teria sugerido que os funcionários da unidade realizassem o transporte de forma independente e indagou o médico se ele se negaria receber a vítima. Mesmo diante da superlotação alegada pela equipe, segundo o boletim de ocorrência registrado na sexta-feira (14), o bombeiro teria optado por encaminhar o médico à Depac Piratininga e o paciente a outra unidade.

Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que a possível omissão de socorro será apurada e, em caso de comprovação de negligência, um procedimento administrativo será instaurado para que as medidas cabíveis sejam tomadas.

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