O O médico Renato Tatagiba disse que ainda não foi comunicado oficialmente sobre médico
Renato Tatagiba disse que ainda não foi comunicado oficialmente sobre a
denúncia do Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Tatagiba foi acusado
de lesão corporal culposa em uma cirurgia estética realizada há dois anos. O
crime prevê pena de dois meses a um ano de detenção. Ele também foi denunciado
por falsificação de documentos. Já a secretária da clínica onde o médico
trabalhava, Priscila Nascimento de Souza Cyrilo, foi acusada de falsificar
receituários e atestados médicos.
O advogado do
cirurgião plástico, Celso Papaleo, também afirmou que vai se manifestar no
processo assim que for notificado.
“O que temos
é que o processo está em fase de inquérito policial. Vamos fazer uma
manifestação no processo para que seja concluído que não houve crime porque de
fato não houve”, afirmou Papaleo, que também faz a defesa de Priscila
Nascimento de Souza Cyrilo, acusada de falsificar receituários e atestados
médicos quando era secretária de Tatagiba, em uma clínica de Vila Velha.
Segundo o
cirurgião plástico, a defesa desse caso está fundamentada e comprova que as
acusações são falsas. “Como houve erro médico se não foi julgado? Não foi feito
sequer um laudo confirmando isso”, pontuou Tatagiba.
Ainda segundo
ele, é possível realizar 10 procedimentos cirúrgicos em um mesmo dia dependendo
do tipo de cirurgia e do médico. “Tempo cirúrgico é muito relativo. Para
colocar uma prótese de silicone preciso de 45 minutos. Mal de ser lerdo eu não
padeço. Nunca perdi um paciente na minha vida”, afirmou, acrescentando que já
atendeu a mais de 17 mil pacientes.
Já sobre a
acusação do MPES de falsificação de documentos, Renato Tatagiba explicou que os
receituários ficam prontos no consultório. “A receita já fica pronta, carimbada
e assinada. Não existe nada para prescrever. Se a paciente precisar, a receita
é entregue a ela.”
Para
Tatagiba, o caso em questão faz parte de uma “indústria da possibilidade do
dano moral”. Ou seja, pacientes entram na Justiça contra cirurgiões plásticos
para se beneficiarem com o dinheiro que pode ser adquirido nas causas.
A DENÚNCIA
O cirurgião
plástico Renato Tatagiba e a secretária da clínica onde trabalhava em Vila
Velha, Priscila Nascimento de Souza Cyrilo, foram denunciados pelo Ministério
Público do Espírito Santo (MPES). Tatagiba foi acusado de lesão corporal
culposa em uma cirurgia estética realizada há dois anos. O crime prevê pena de
dois meses a um ano de detenção. Ele também foi denunciado por falsificação de
documentos. Já Priscila foi acusada de falsificar receituários e atestados
médicos.
A paciente,
uma empresária de 34 anos – que preferiu não ter a identidade revelada –, fez
uma queixa ao MPES, que solicitou investigação à Polícia Civil. Após a
conclusão do inquérito criminal, a denúncia foi apresentada à Justiça.
Segundo o
promotor do caso, Roberto Silveira Silva, Tatagiba praticou lesão corporal
culposa, “na modalidade de erro médico”, em uma cirurgia de mastopexia
(correção de mamas caídas), lipoaspiração e correção de cicatriz de cesárea. Na
ocasião, após a intervenção que foi realizada em janeiro de 2016, a empresária
apresentou sintomas que, de acordo com a denúncia, não eram previstos como
normais no pós-cirúrgico como “falta de ar, dores insuportáveis e a presença de
secreções nos seios”.
“Minha vida
virou um inferno. Todos os médicos que me atenderam depois disseram que eu
passei mal devido ao bloqueio (a anestesia) que me fizeram no dia da
mamoplastia. Eles acreditam que eu tive uma parada cardíaca durante a cirurgia
e que o doutor Renato Tatagiba só amenizou a situação, não me socorreu”,
afirmou a paciente, que conversou com A GAZETA.
Ainda segundo
a denúncia, a paciente, que sentia fortes dores, tentou marcar uma consulta de
emergência com Tatagiba depois que teve alta. Ela manteve contato com a
secretária Priscila, que afirmava que o médico não estava no Espírito Santo.
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