“Uma em cada quatro mulheres brasileiras é vítima de violência no momento do parto ou pré-natal. Os dados são da Fundação Perseu Abramo e abrangem atos de desrespeito, assédio moral, violência física ou psicológica e negligência”
Referência: Artemis
25% das mulheres atendidas pela rede privada e SUS sofreram algum tipo de violência obstétrica.
Você sabe o que se enquadra nesse tipo de violência? Sabe que existe uma lei que respalda mulheres que queiram denunciar? Sabe como denunciar?
É sobre isso que vamos entender um pouco mais.
O que é violência obstétrica?
Toda mulher ao se descobrir gravida, deseja que toda gestação aconteça da forma mais tranquila possível, sendo cuidada e escutada durante as semanas de consultas.
Mas nem sempre isso acontece!
A violência obstétrica é uma realidade muito próxima de nós.
– Agressão verbal ou física
– Impedir que a parturiente tenha um acompanhante de sua escolha
– Qualquer procedimento feito sem sua permissão
– Equipe fazer comentários que rebaixe a parturiente, zombe ou a infantilize
– Episiotomia sem real indicação
– Manobra de Kristeller
– Impedir que a parturiente tenha um acompanhante de sua escolha
– Qualquer procedimento feito sem sua permissão
– Equipe fazer comentários que rebaixe a parturiente, zombe ou a infantilize
– Episiotomia sem real indicação
– Manobra de Kristeller
– Impedir que a parturiente se alimente durante o trabalho de parto– O famoso “ponto do marido”, onde é feito pontos a mais na sutura vaginal para deixá-la mais apertada e aumentar o prazer do cônjuge
– Negar medicação para dor
– Negar medicação para dor
– Passar por uma indução de parto sem indicação
– Cesariana desnecessária
– Fazer a mulher ou bebe passarem por procedimentos feitos por estudantes para que treinem algumas práticas
– Permitir que pessoas estranhas assistam o parto, sem que a mulher tenha condições de aceitar ou não essa presença
– Separar bebês saudáveis de sua mãe sem real necessidade
– Em casos de aborto, não oferecer tratamento ideal, julgar a mulher
– Cesariana desnecessária
– Fazer a mulher ou bebe passarem por procedimentos feitos por estudantes para que treinem algumas práticas
– Permitir que pessoas estranhas assistam o parto, sem que a mulher tenha condições de aceitar ou não essa presença
– Separar bebês saudáveis de sua mãe sem real necessidade
– Em casos de aborto, não oferecer tratamento ideal, julgar a mulher
Bizarro não?
Você está em trabalho de parto, um momento de grande vulnerabilidade e ter que lidar com alguma situação dessa é complicado demais.
O que fazer?
Sabendo que essa situação pode acontecer, o ideal é você se informar de seus direitos, como a maternidade que você irá parir lida com as pacientes.
O plano de parto é um documento bem importante, que pode ajudar tanto no empoderamento, quanto na chegada ao hospital para que a equipe entenda que tipo de atendimento você deseja. Tenha uma copia com você, com assinatura da equipe que irá lhe atender e datado.
Leia, leia muito! Converse com mulheres que tiveram seus bebes no local que você terá. Se possível, faca uma visita na maternidade.
Sabemos que contratar uma equipe humanizada não está ao alcance de todas as mulheres, se isso não for possível para você, se informe o máximo possível de tudo que te cercará nesse momento.
Você pode denunciar seu caso por telefone através dos serviços de atendimento à mulher :
180 – Disk Mulher
136 – Disk Saúde
Ouvidoria geral do SUS : www.saude.gov.br
Agência Nacional de Saúde: http://www.ans.gov.br/aans/central-de-atendimento
Tenha em mãos o numero do CRM do medico ou do COREN caso se trate de enfermeiro/técnico de enfermagem.
Solicite no hospital uma copia do seu prontuário, que tem que ser disponibilizado sem nenhum custo e questionamento.
Escreva uma carta contando com detalhes como foi o atendimento que você teve.
Tenha os documentos em mãos: cartão de gestante, exames, guia de internação, contrato com o hospital, termos de consentimento “esclarecido”, recibo da taxa de acompanhante, plano de parto.
Se possível, consulte um advogado para entender melhor todo processo e etapas que poderão surgir.
Se o seu parto foi no SUS, envie a carta para a Ouvidoria do Hospital com cópia para a Diretoria Clínica, para a Secretaria Municipal de Saúde e para a Secretaria Estadual de Saúde.
Se o seu parto foi em hospital da rede privada, envie sua carta para a Diretoria Clínica do Hospital, com cópia para a Diretoria do seu Plano de Saúde, para a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e para as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde.
Não proteja profissionais violentos. Denuncie!!!
São com atitudes assim que podemos lutar para que a violência obstétrica diminua.
Procure ajuda para lidar com isso. Converse com um psicólogo, outras mulheres em grupos de apoio. Não sofra calada, Não sofra sozinha.
Entenda mais assistindo esses videos.
Casa da Doula
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