Susam diz que o Ministério da Saúde orienta que a paciente entre em trabalho de parto normal. Já a família quer uma cesariana, pois a mulher perdeu líquido amniótico e teve sangramentos
Mulher reclama de constante perda de líquido amniótico e sangramento | Foto: Arquivo/AET |
Manaus - Grávida de 37 semanas, Rosiele Beatriz Silva, de 19 anos, está há dois dias na maternidade estadual Balbina Mestrinho, na avenida Duque de Caxias, bairro Praça 14 de Janeiro, Zona Sul de Manaus, aguardando para dar à luz ao filho. Ela reclama de constante perda de líquido amniótico, dores intensas e sangramento, conforme relatou o companheiro dela, Rene Lima, ao Em Tempo, nesta sexta-feira (21).
O homem conta que levou a mulher até à unidade às 22h do dia 19 de setembro (quarta-feira). "Ela estava com perda de líquido há mais de uma semana, mas só resolvemos ir até à maternidade quando ela teve um pequeno sangramento. No exame de toque, no mesmo dia, a equipe médica constatou que ela estava com dois centímetros de dilatação do colo do útero", diz Lima, revelando que a equipe médica quer de todas as formas liberar a mulher para aguardar pelos sinais do parto em casa.
Rene revela, ainda, que, após as primeiras horas na maternidade, a mulher ficou com 3 centímetros de dilatação e foi submetida a avaliações periódicas, de três em três horas, pela equipe médica, durante até as 6h do dia seguinte (quinta-feira, 19).
"Ela passou por um exame de ultrassom e, depois de ser examinada por um médico e estagiários recebeu alta e pediram para retornamos às 14h, e assim fizemos. Nesse novo horário, fizeram novo exame de toque e a minha mulher continuava com 3 centímetros de dilatação, passados mais três horas, ela foi novamente examinada e o quadro continuava o mesmo, foi quando uma médica decidiu interná-la. Desde então, estamos na maternidade", explica o homem.
"Depois de toda essa situação, a minha mulher e o bebê estão correndo risco de vida, porque as enfermeiras já comunicaram que vamos voltar para casa e aguardar por mais duas semanas até que, segundo eles, de fato os sinais do parto fiquem evidentes. Aí eu te pergunto, mais evidente que perder líquido e sangrar? Eu temo pela vida dos dois e não quero perder nenhum. Por isso eu resolvi expor a situação à imprensa para que alguém olhe por nós", defende Lima.
Susam
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam) informou que a perda de líquido amniótico não foi constatada pela equipe médica, o que contrapõem as afirmações de Rene Lima. A pasta informa, ainda, que a paciente está internada e aguarda o resultado de exames. "Caso os exames estejam normais, haverá possibilidade de alta médica, pois no caso de gravidez do primeiro filho, a preparação do trabalho de parto pode durar até 15 dias".
"A maternidade reitera que segue os protocolos do Ministério da Saúde, que orienta que a paciente entre em trabalho de parto normal ao invés de forçar um parto prematuro por cesariana, como pretende a família", destacou a Susam.
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