segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Com risco de morte, idosa ficou em UPA por 11 dias esperando transferência para hospital

A remoção de Illa só aconteceu nesta terça-feira após denúncia do DIA, mesmo a família estando com cinco liminares na justiça determinando a ida da paciente para uma UTI

Juraci dos Santos e Marília Márcia Minto, filha de Illa na porta da UPA do Engenho Novo nesta terça-feira com as liminares determinando a transferência da idosa para um hospital -

Rio - Após denúncia de O DIA, Illa Lázaro Minto, de 90 anos, foi transferida nesta terça-feira da UPA do Engenho Novo para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, na Penha, onde estava há 11 dias correndo risco de morte. A família da idosa já havia conseguido cinco liminares na Justiça determinando a transferência da paciente, que deu entrada na unidade no último dia 31 com sepse urinária e suspeita de AVE. Illa já estava inserida no Sisreg.

Em um dos laudos, dado dia 9, o médico atesta que ela precisava de transferência urgente para uma UTI em ambulância avançada com médico. O documento diz ainda que se ela permanecesse na UPA correria risco de morrer porque a unidade não tem os recursos adequados para atendê-la. 

"Para cada liminar que pedíamos tinha que levar um laudo novo. E o que vimos foi a piora dela atestada em cada um deles. O que fizeram com ela foi um absurdo", lamentou a filha de Illa, Marília Marcia Minto de 49 anos.A última liminar conseguida pela família da paciente foi dada dia 9 pela juíza de plantão Angélica dos Santos Costa.

A magistrada determinou multa de R$ 10 mil por hora por descumprimento de decisão anterior, dada dia 7, que previa multa de R$ 100 mil por dia. Na decisão, a juíza também ordena que seja pesquisada vaga em todas as unidades hospitalares até que se encontre um leito e que a transferência seja feita. 

"Eles sempre alegavam que não havia vaga. Sugeriram que eu colocasse minha mãe em uma ambulância e saísse por aí tentando vaga? Como fazer isso? Se nem o sistema estava conseguindo lugar para ela eu que ia conseguir?", questionou, revoltada, a filha.

Questionada sobre a demora em resolver o caso de Illa, a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde limitou-se a dizer que ela seria transferida para o Getúlio Vargas.

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