quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Mulheres relatam casos de violência obstétrica cometidas pelo médico Armando

Novas denúncias contra o médico foram feitas após circulação de vídeo. 'A anestesia não funcionou e mesmo assim ele cortou, senti na hora', diz uma das vítimas
O médico já foi preso durante a operação 'Jaleco', da PF

Um caso de violência obstétrica cometida pelo médico obstetra  Armando Andrade Araújo veio à tona nesta terça-feira, graças a um vídeo publicado nas redes sociais. Mais do que revelar um novo caso, além de outros três processos judiciais a que ele já responde, a violência praticada serviu para tirar da escuridão relatos de outras agressões que, segundo ex-pacientes, o médico teria cometido.
Desde a publicação da primeira matéria, diversas mulheres procuraram o Portal A Crítica para relatar casos semelhantes ocorrido com elas enquanto gestantes. Em comum, além dos relatos de violência física e psicológica, o nome do médico: Armando Andrade de Araújo. Procurada pela reportagem, a Polícia Civil do Amazonas orientou que outras vítimas registrem os casos nas delegacias mais próximas dos hospitais onde os crimes foram cometidos. 
Antes de irem à delegacia, algumas mulheres resolveram falar com a reportagem. Uma delas foi a atendente Dreyda Miranda Martins, de 25 anos. Ainda traumatizada por relembrar da situação, ela relata que quase morreu após o procedimento cirúrgico para ter a sua segunda filha em maio de 2017. Segundo ela, o médico Armando insistiu em realizar um parto normal, mesmo ela tendo encaminhamento para fazer cesárea. Por conta do que ela considerou uma negligência, a mulher acabou pegando uma infecção hospitalar e perdeu parte da barriga. 
"O caso aconteceu quando fui ter a minha neném, que hoje tem 1 ano e 10 meses. Estava com muita dor e fui para a Maternidade Azilda da Silva Marreiro. Cheguei lá com um centímetro de dilatação e o Dr. Armando me atendeu. Ele mandou eu ir para casa, porque a minha bolsa não tinha estourado. No outro dia, ainda com dor, fui parar no Instituto da Mulher e encontrei o Armando novamente. Ele disse que faria meu parto normal, mesmo com o encaminhamento de outra médica para cesárea. Ele deixou claro que sabia o que fazia com as pacientes", lembrou a atendente.
Dreyda também conta que Dr. Armando e outro médico colocaram-na no centro cirúrgico do Instituto da Mulher. No entanto, demoraram muito para fazer o procedimento médico e ela acabou pegando uma infecção. "No centro cirúrgico, o Dr. Armando e outro médico começaram a discutir, porque não queriam realizar a minha cirurgia. Mas depois de um tempo me colocaram na anestesia e o outro médico realizou a cesárea. No outro dia, minha barriga começou a arder, peguei infecção e fiquei em coma. Acordei, mas perdi um lado da barriga", lamenta a mulher.
Até agora, a atendente não tinha denunciado o médico por temer represálias. Como ela precisa passar por outra cirurgia, desta vez de reconstituição da barriga, ficou com medo de não conseguir o procedimento.
"Tive o meu primeiro filho de cesárea, porque não tinha passagem. Para o parto da segunda criança, a médica me encaminhou novamente para o procedimento (cesárea). Eu ainda não tinha denunciado, porque preciso fazer essa cirurgia e fiquei com medo de não conseguir, mas quando vi toda a repercussão deste vídeo, decidi fazer. Isso tudo me traumatizou muito. Hoje só consigo sair de casa com roupa grande e de cinta. Minha barriga ficou com tamanhos diferentes", lamentou ela.
Bolsa estourada com o dedo
Em outro caso relatado ao Portal A Crítica, uma mulher, que preferiu não se identificar por temer represálias, contou que Armando estourou a sua bolsa com o próprio dedo no dia 6 de maio de 2012 na Maternidade Ana Braga. O filho da vítima acabou nascendo com insuficiência respiratória e precisou passar por uma reanimação.
"O Dr. Armando me deu um toque tão forte que machucou muito minha vagina e estourou minha bolsa. Eu comecei a chorar e em todo tempo ele ficava reclamando. Depois que saí da sala dele com dores fui tomar medicação e percebi que estava molhada. Fui ao banheiro e constatei que minha bolsa tinha estourado devido ao toque forte que ele me deu. Falei para as enfermeiras e elas disseram para eu me acalmar", relata a mulher.
Depois que percebeu que a bolsa tinha estourado, a mulher entrou em desespero. As dores eram fortes e não tinha ninguém para atendê-la, porque o plantão de Armando tinha sido finalizado na unidade hospitalar. "Meu esposo e eu ficamos desesperados, pois estava com dores de parto desde as 2h da madrugada e isso já era entre 12h e 13h da tarde. Foi horrível e imaginava que meu filho e eu iríamos morrer, principalmente depois que este doutor fez isso comigo. Ele fez para me machucar, porque se chateou com meu nervosismo. Não tinha como eu não estar nervosa. Sou hipertensa e não havia como ter parto normal, pois eu não tinha passagem e ninguém queria fazer minha cesárea. Eu tinha plano de saúde e fiz todo o meu pré-natal nele, mas eles não liberaram a cirurgia. Precisei ir para uma maternidade pública e passar por essa humilhação", destaca a mulher.
A vítima do médico afirma que muitas mulheres passam pela mesma situação nas unidades públicas de Manaus. "Isso que contei foi apenas um caso. Essa violência acontece muito nas maternidades públicas de Manaus. É uma covardia muito grande, porque se a grávida quiser se defender, eles maltratam ainda mais. Muitas ficam caladas com medo. É revoltante. Fiquei traumatizada e com depressão pós-parto. Vivia chorando", lembrou a mulher, acrescentando que na época procurou advogados para entrar com a denúncia na Justiça contra o médico, mas desistiu.
"Eu e meu esposo procuramos advogados, mas nenhum deles deu um parecer favorável a nossa causa. Falaram que a gente era um lado mais fraco e assim não valeria a pena. Hoje quando olho para o meu filho, de 7 anos, lembro que ele poderia ter morrido", completou.
Paralisia cerebral
O pai de uma menina de 4 anos, Bruno da Silva Ambrósio, relata que a sua esposa Lisandra Oliveira Costa, também foi vítima do médico Armando no dia 12 de dezembro de 2014. Após a demora em um procedimento de cesárea, a criança acabou ficando sem oxigênio na barriga da mãe e adquirindo paralisia cerebral.
"O Dr. Armando se recusou a fazer a cesárea. Ele e outro médico ficaram discordando se faziam parto normal ou não. Mas ele negou, porque já tinha vendido todas as cirurgias cesáreas na Balbina naquele dia. Quando foram fazer o normal, perceberam que a minha mulher não tinha passagem, e tentaram fazer cesárea, mas já era tarde, porque a minha filha estava sem oxigênio", disse.
Os pais da criança só descobriram o verdadeiro diagnóstico da filha depois de meses. Ela ficou internada na Maternidade, mas os médicos não relataram o problema. "Ninguém falou nada na maternidade. Depois descobrimos que a minha filha não era normal, porque ela não olhava para cima e nem tentava falar. A pediatra diagnosticou ela com paralisia cerebral", comentou.
Bruno chegou a denunciar o caso no 1° Distrito Integrado de Polícia, na época em que o médico foi preso, mas nada foi resolvido. "Denunciamos o caso, mas a delegada mesmo falou para gente que nada iria ser resolvido, porque ele é funcionário público. Hoje a minha filha não anda, não fala, por conta da negligência dele", lamentou o pai.
Dor da cesárea
No dia 4 de janeiro de 2015, Tatiana de Jesus, de 33 anos, enfrentou um dos momentos mais complicados da sua vida. A ocasião que era para ser de alegria, por conta do nascimento do seu segundo filho, provoca até hoje lembranças terríveis nela. Uma delas é de sentir a dor de um corte de procedimento de cesárea, sem anestesia.
"Taty", como é chamada pelos mais próximos, relata que ficou 24 horas em trabalho de parto no Hospital Balbina Mestrinho. "Assim que cheguei no hospital comecei a fazer os exercícios para que meu parto fosse normal, mas não consegui atingir o nível de dilatação. O Dr. Armando muito estressado disse que faria a cesárea e me encaminharam para a sala de cirurgia. A anestesista injetou nas minhas costas, mas quando o médico pediu para eu levantar as pernas, levantei. A anestesia não funcionou e mesmo assim ele cortou, senti na hora", lembrou.
Após cortá-la e a paciente sentir, o médico ficou revoltado com a resposta da paciente. "Ele disse que era normal sentir o beslicão, mas eu não estava sentindo isso, mas sim o corte do bisturi. Injetaram novamente em mim a anestesia, mas levantei novamente a perna quando ele pediu. Mesmo assim, ele me cortou novamente e gritei muito de dor. Ele chegou a colocar a mão dentro da minha barriga", conta Tatiana.
A mulher destaca que a anestesista pediu para que o médico parasse o procedimento, pois a paciente acabaria morrendo de tanta dor. "Eu já estava chorando muito, e a anestesista pediu para eu me acalmar. Ela foi falar com o médico e deu uma sugestão de um remédio, que me apagou por completo. Quando retornei, depois de horas, vi meu esposo segurando o meu filho nos braços. Mas depois fiquei com depressão pós-parto e até hoje tenho duas cicatrizes horríveis na barriga", finaliza Taty.
Denúncias
Procurada pela reportagem, a delegada Débora Mafra, titular da Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM), explicou que as mulheres que foram vítimas de violência pelo médico devem procurar uma unidade policial.
"A mulher precisa fazer a denúncia no Distrito Integrado de Polícia (DIP) mais próximo do hospital onde o crime foi cometido. Se foi no Balbina Mestrinho, devem procurar o 1º DIP", explicou a delegada, acrescentando que até casos que foram cometidos há anos podem ser registrados.
"Não interfere em nada a data do crime. O importante é denunciar e saber quantas outras mulheres sofreram este tipo de violência", concluiu a delegada.

Hospital Regional de Floriano está sem ambulância há um ano, denuncia Gustavo Neiva



Hospital Regional de Floriano está sem ambulância há um ano, denuncia Gustavo Neiva



O deputado Gustavo Neiva (PSB) denunciou que o Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, está há um ano sem ambulância e a situação é mais preocupante agora quando se aproximam o Carnaval, quando aumenta o número de ocorrências, principalmente os acidentes de trânsito e as agressões por consumo de álcool.

Neiva apresentou um requerimento pedindo ao secretário de Saúde, Florentino Neto, uma solução emergencial para o problema. “Quando é necessário transferir um paciente para Teresina é preciso pedir ambulância emprestada em outras cidades, até mesmo do Maranhão”, disse.

O deputado também pediu a realização de uma audiência pública na Comissão de Administração Pública para debater a Mensagem nº 6, da Reforma Administrativa, na Comissão de Administração.

“O foco será o gasto com pessoal e os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele também pediu explicações sobre as duplicações das estradas federais BR 316 e BR 343, em Teresina, que estão paralisadas", reclamou.

Prêmio – Ainda na sessão de hoje (27) as deputadas Flora Izabel (PT), Lucy (Progressistas), Teresa Britto (PV) e Janaina Marques (PTB) apresentaram um projeto de lei instituindo, no âmbito Estado do Piauí, o “Prêmio Mulher de Destaque”.

O governador Wellington Dias encaminhou ao Legislativo uma mensagem propondo alterações no projeto de lei 02, de 18 de fevereiro de 2019 e uma emenda constitucional modificando os artigos 150 e 152 e revogando o artigo 256 da Constituição Estadual.


Coren realiza nova fiscalização no Hospital Regional

Entidade afirmou que vai continuar fiscalizando frequentemente a unidade e oferecendo apoio aos profissionais

Uma das situações mais graves identificadas pela fiscalização do Coren no HR foi a de pacientes sendo atendidos nos corredores da unidade
Fiscais do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) estiveram novamente no Hospital Regional Elza Giovanela nessa terça-feira (26/2), para verificar como estão as condições de trabalho dos profissionais da enfermaria na unidade hospitalar e quais medidas a direção tomou para resolver os problemas já apontados em fiscalização anterior. O órgão já tinha realizado uma fiscalização no Regional em agosto do ano passado, quando constatou que o hospital não oferecia as condições ideais para que os enfermeiros pudessem trabalhar e que havia uma sobrecarga de trabalho sobre os profissionais.

Na primeira oportunidade, as fiscais do Coren apontaram que havia um número insuficiente de profissionais de enfermagem no Regional e que esse não tinha um local adequado para o descanso nos seus momentos de folga. O prédio que abriga o hospital também estava em péssimo estado, com problemas no teto, com setores inteiros tomados pelo mofo e com o seu mobiliário desgastado pelo tempo e tomado pela ferrugem. O Coren notificou na ocasião o enfermeiro chefe e a direção do hospital para que resolvesse num prazo de 120 dias o problema da falta de enfermeiros e os demais problemas apontados. Agora, decorrido mais do que o prazo dado pelo órgão para as melhorias e adequações no HR, a fiscalização retorna ao hospital e a conclusão é que muito pouco mudou.

“As questões estruturais fogem da nossa competência, assim como equipamentos e remédios que faltam, mas são coisas que interferem diretamente na assistência hospitalar. A questão do repouso dos profissionais de enfermagem, que dormiam em colchonetes no chão, de forma improvisada, já foi solucionado, mas o repouso no Centro Cirúrgico continua sendo no chão do banheiro”, informou Patrícia Vilela, fiscal do Coren.

“O que pudemos perceber foi que pouca coisa que foi notificada na outra fiscalização teve avanço”, afirmou a vice-presidente do Coren, Lígia Cristiane Arfeli
Com relação a necessidade de um número maior de enfermeiros na unidade para darem conta da grande demanda que há no local, as fiscais do Coren dizem que houve algumas contratações, mas que o Estado, que atualmente está à frente do Regional, já realizou um seletivo e que em breve o quadro dos profissionais deve aumentar. “A Central de Material Esterilizado (CME) ainda não tem enfermeiros todos as horas do dia, o setor de imagens não tem enfermeiro, o ambulatório também não tem. Ainda temos muitas coisas que precisam ser resolvidas, como o caso de funcionários que estão há três meses sem receber os salários. Tem gente dependendo de doações de cestas básicas para poderem comer. Essa é uma situação muito ruim e não tem como não refletir na assistência prestada por esses profissionais”, denunciou a fiscal Cínthia Ribeiro.

Uma das situações mais graves identificadas pela fiscalização do Coren foi o atendimento de pacientes nos corredores do HR, recebendo medicação sem nenhum tipo de identificação, correndo o risco de terem sua medicação trocada ou algo pior. “Isso é terrível. E isso decorre da falta de profissionais e da falta de estrutura, que não suporta a demanda que existe aqui. Isso em parte poderia ser resolvido pelo novo Setor de Emergência, que já está pronto, com boa estrutura, pelo que pudemos ver, mas ainda não está em funcionamento, dependendo da instalação dos equipamentos e de licenças e alvarás”, completou Patrícia Vilela.

As fiscais do Coren encontraram medicação vencida no Hospital Municipal Dr. Antônio Muniz
“O que pudemos perceber foi que pouca coisa que foi notificada na outra fiscalização teve avanço. Nós na verdade consideramos que não houve avanços. Porque o nosso objetivo ao vir aqui era constatar que as irregularidades tivessem sido sanadas. Porém, não foi isso que gente encontrou, infelizmente. Agora, o que for de infração ética, que é de responsabilidade do Coren, nós vamos formar o processo ético e encaminhar para a averiguação, e terá todo um processo legal, onde as pessoas envolvidas vão ter o direito de se defender. O que não for diretamente responsabilidade do Coren, nós vamos encaminhar para os órgãos competentes, como o Ministério Público, Ministério do Trabalho, sindicato da categoria e outros”, informou Lígia Cristiane Arfeli, vice-presidente do Coren.

Para ela, o subdimensionamento do quadro de enfermagem do Regional é uma das questões éticas, sob a qual o órgão pretende atuar, já que o número de profissionais é insuficiente, o que impossibilita que os mesmos façam seu trabalho com qualidade. “Há uma sobrecarga de trabalho sobre quem trabalha ali. Até pelas características dos pacientes que procuram pelo Regional, que são pacientes em estado grave. Isso não permite prestar uma assistência de qualidade, com segurança, a esse paciente que o procura. Isso é uma infração ética, que nós temos que averiguar, porque temos a obrigação de proteger a sociedade de uma má assistência”, continuou.

A vice-presidente do Coren completou a informação afirmando que a entidade vai continuar fiscalizando frequentemente a unidade e oferecendo apoio aos profissionais da enfermagem, assim como abrir procedimento ético contra o encarregado pelo corpo de enfermeiros do Regional, que poderá até, ao final do processo, ser proibido de exercer a profissão, caso seja considerado responsável pela situação.

Outras fiscalizações

A fiscalização do Coren também passou pela Unidade de Pronto Atendimento (Upa) e pelo Hospital Municipal, onde a equipe identificou diversos problemas, principalmente relacionados com as condições dos prédios que abrigam as unidades, com paredes descascadas e com infiltrações. As fiscais verificaram que nesses locais há um número suficiente de profissionais de enfermagem para atender à demanda, mas ao menos no Hospital Municipal foram detectados problemas como o uso de medicação vencida, o que pode colocar em risco a vida dos pacientes que recebem essa medicação.

EDITAL INTERDIÇÃO CAUTELAR - Dr. Paulo Eduardo Oliveira Carneiro, CREMEB 12.876

                                   Publicado em: 28/02/2019 Edição: 42 Seção: 3 Página: 114
                        Órgão: Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais/
                                     Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia

EDITAL
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, CNPJ 14.855.787/0001-88, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268/57, regulamentada pelo Decreto nº 44.045/58, e com fundamento no art. 25 e seguintes, do Código de Processo Ético Profissional (Resolução CFM nº 2.145/2016), decidiu em Sessão Plenária realizada em 19 de fevereiro de 2019, INTERDITAR CAUTELARMENTE DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL o médico Dr. Paulo Eduardo Oliveira Carneiro, CREMEB 12.876, denunciado nos autos dos Processos Ético-Profissionais nºs 82/2016, 105/2017, 106/2017 e 78/2018, com base no parecer exarado no expediente 003462/2019, pelo prazo de 06 (seis) meses, a contar da data desta publicação, diante do fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao paciente, à população e ao prestigio e bom conceito da profissão, caso ele continue a exercer a medicina.
Salvador-BA, 27 de fevereiro de 2019.
TERESA CRISTINA SANTOS MALTEZ

Presidente do Conselho


Diário Oficial










EDITAL DE INTIMAÇÃO INTERDIÇÃO CAUTELAR - Dr. Alessandro Gonçalves Lins de Albuquerque, CRM/SP 84.269

                                   Publicado em: 28/02/2019 Edição: 42 Seção: 3 Página: 114
                         Órgão: Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais/
                                      Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia

EDITAL DE INTIMAÇÃO
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, CNPJ 14.855.787/0001-88, em conformidade com a decisão do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo - Cremesp, faz publicar a interdição cautelar do Dr. Alessandro Gonçalves Lins de Albuquerque, Cremeb nº 33.512, constante dos autos do processo ético-profissional - Cremesp nº 14.285-573/18, conforme transcrição abaixo:
"CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO
NOTA OFICIAL - EDITAL DE INTIMAÇÃO
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268/57, regulamentada pelo Decreto nº 44.045/58, bem como pela Resolução do CFM nº 2145/2016, decidiu, na 4874ª Sessão Plenária realizada no dia 20 de dezembro de 2018, INTERDITAR CAUTELARMENTE O EXERCÍCIO PROFISSIONAL do médico Alessandro Gonçalves Lins de Albuquerque, CRM/SP 84.269, denunciado nos autos do Processo Ético-Profissional nº 14.285-573/18, pelo prazo de 6 (seis) meses, contado da data da aprovação, constituindo medida de natureza preventiva com o objetivo de evitar prejuízos à população. São Paulo, 20 de fevereiro de 2019. Dr. Mario Jorge Tsuchiya - Presidente. Dr. Rodrigo Costa Aloe - Conselheiro Corregedor."
Salvador-BA, 27 de fevereiro de 2019.
TERESA CRISTINA SANTOS MALTEZ

Presidente do Conselho


AVISO DE PENALIDADE - DR. FRANZ LUDWIG KERSCHER RIOS, CRM 23.169

                                   Publicado em: 28/02/2019 Edição: 42 Seção: 3 Página: 114
                        Órgão: Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais/
                                       Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia

AVISO DE PENALIDADE
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, em conformidade com o disposto na Lei n° 3.268, de 30 de setembro de 1957, tendo em vista a decisão prolatada nos autos do Processo Ético-Profissional CREMEB nº 8/2015, julgado na 2ª Câmara do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, torna pública a aplicação da penalidade de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, prevista na alínea "c" do art. 22 da mencionada Lei, por infração ao artigo 1º do Código de Ética Médica (Resolução CFM n° 1931/2009) ao DR. FRANZ LUDWIG KERSCHER RIOS, inscrito neste Conselho sob n° 23.169.
Salvador-BA, 4 de fevereiro de 2019.
TERESA CRISTINA SANTOS MALTEZ

Presidente do Conselho

Diário Oficial

AVISO DE PENALIDADE - DRA. THAISE BÁRBARA DE JESUS LUZ, CRM 22.343

                                    Publicado em: 28/02/2019 Edição: 42 Seção: 3 Página: 114
                         Órgão: Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais/
                                          Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia

AVISO DE PENALIDADE
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, em conformidade com o disposto na Lei n° 3.268, de 30 de setembro de 1957, tendo em vista a decisão prolatada nos autos do Processo Ético-Profissional CREMEB n° 83/16, julgado na 3ª Câmara do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, torna pública a aplicação da penalidade de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, prevista na alínea "c" do art. 22 da mencionada Lei, por infração aos artigos 1º e 87 do Código de Ética Médica (Resolução CFM n° 1.931/2009) à DRA. THAISE BÁRBARA DE JESUS LUZ, inscrita neste Conselho sob n° 22.343.
Salvador-BA, 24 de janeiro de 2019.
TERESA CRISTINA SANTOS MALTEZ

Presidente



Diário Oficial

AVISO DE PENALIDADE - DR. CARLOS ROBERTO ROHENKOHL EVANGELISTA SANTOS, CRM 14.500

                                    Publicado em: 28/02/2019 Edição: 42 Seção: 3 Página: 114
                        Órgão: Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais/
                                     Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia

AVISO DE PENALIDADE
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, em conformidade com o disposto na Lei n° 3.268, de 30 de setembro de 1957, tendo em vista a decisão prolatada nos autos do Processo Ético-Profissional CREMEB n° 56/2013, julgado na 1ª Câmara do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, torna pública a aplicação da penalidade de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, prevista na alínea "c" do art. 22 da mencionada Lei, por infração aos artigos 23, 54 e 56 do Código de Ética Médica (Resolução CFM n° 1.931/2009) ao DR. CARLOS ROBERTO ROHENKOHL EVANGELISTA SANTOS, inscrito neste Conselho sob n° 14.500.
Salvador-BA, 24 de janeiro de 2019.
TERESA CRISTINA SANTOS MALTEZ

Presidente


Diário Oficial

AVISO DE PENALIDADE - DRA. CÉLIA MARIA PEREIRA DOS SANTOS, CRM 6.928

                                   Publicado em: 28/02/2019 Edição: 42 Seção: 3 Página: 114
                        Órgão: Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais/
                                      Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia

AVISO DE PENALIDADE
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, em conformidade com o disposto na Lei n° 3.268, de 30 de setembro de 1957, tendo em vista a decisão prolatada nos autos do Processo Ético-Profissional CREMEB nº 02/2015, julgado na 2ª Câmara do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, torna pública a aplicação da penalidade de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, prevista na alínea "c" do art. 22 da mencionada Lei, por infração aos artigos 1º e 87 do Código de Ética Médica (Resolução CFM n° 1.931/2009) à DRA. CÉLIA MARIA PEREIRA DOS SANTOS, inscrita neste Conselho sob n° 6.928.
Salvador-BA, 24 de janeiro de 2019.
TERESA CRISTINA SANTOS MALTEZ

Presidente do Conselho


Diário Oficial

AVISO DE PENALIDADE - DR. VINÍCIUS VIANA BANDEIRA MORAES, CRM 18.761.

                                   Publicado em: 28/02/2019 Edição: 42 Seção: 3 Página: 114
                        Órgão: Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais/
                                    Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia

AVISO DE PENALIDADE
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, em conformidade com o disposto na Lei n° 3.268, de 30 de setembro de 1957, tendo em vista a decisão prolatada nos autos do Processo Ético-Profissional CREMEB nº 30/2015, julgado na 1ª Câmara do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, torna pública a aplicação da penalidade de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, prevista na alínea "c" do art. 22 da mencionada Lei, por infração aos artigos 73, 74 e 75 do Código de Ética Médica (Resolução CFM n° 1931/2009) ao DR. VINÍCIUS VIANA BANDEIRA MORAES, inscrito neste Conselho sob n° 18.761.
Salvador-BA, 4 de fevereiro de 2019.
TERESA CRISTINA SANTOS MALTEZ

Presidente


Diário Oficial


AVISO DE PENALIDADE - DR. CIRO PEREIRA LUZ NETO, CRM 11.725

Publicado em: 28/02/2019 Edição: 42 Seção: 3 Página: 114
          Órgão: Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais/Conselho
                                             Regional de Medicina do Estado da Bahia

AVISO DE PENALIDADE
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, em conformidade com o disposto na Lei n° 3.268, de 30 de setembro de 1957, tendo em vista a decisão prolatada nos autos do Processo Ético-Profissional CREMEB nº 118/2012, julgado na 4ª Câmara do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, torna pública a aplicação da penalidade de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, prevista na alínea "c" do art. 22 da mencionada Lei, por infração ao artigo 45 do Código de Ética Médica (Resolução CFM n° 1.246/1988) correlato ao artigo 17 do Código de Ética Médica (Resolução CFM n° 1.931/2009) ao DR. CIRO PEREIRA LUZ NETO, inscrito neste Conselho sob n° 11.725.
Salvador-BA, 24 de janeiro de 2019.
TERESA CRISTINA SANTOS MALTEZ

Presidente



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Bebê com doença cardíaca espera por cirurgia e mãe teme pela vida: 'pode não aguentar'

No ano passado, 19 bebês morreram à espera de cirurgia ou porque não resistiram ao procedimento. No Tocantins não é realizado o procedimento.


Bebê está na UTI desde quando nasceu

A recém-nascida Laura Souza está na UTI desde o primeiro dia de vida. Ela nasceu com cardiopatia congênita e precisa ser operada com urgência. O problema é que no Tocantins não é feita a cirurgia. Por isso, os bebês são transferidos para outros hospitais. No ano passado, pelo menos 19 bebês morreram. Segundo a Defensoria Pública, alguns não suportaram a espera pela cirurgia, outros não resistiram ao procedimento.

“A médica já falou que a gente pode até conseguir a cirurgia, mas ela pode não aguentar por causa da demora”, disse a mãe da Laura, a dona de casa Dalila Souza da Costa.

Emocionada, a mãe relatou que o estado de saúde da filha é grave. “O estado dela é muito grave, muito grave mesmo. Uma das partes do coração não se formou, que foi o ventrículo esquerdo. O que está mantendo ela viva é um buraquinho, todo bebê nasce com ele, mas depois de 48 horas, esse buraquinho se fecha. Ela está tomando os medicamentos para mantê-lo aberto até o dia da cirurgia”.

O empresário Thiago Lima passou pela mesma situação. A filha dele também nasceu com má formação no coração e depois de esperar pela cirurgia por 5 meses, não resistiu e morreu na UTI.

“A demora foi prejudicial, foi um dos principais fatores e a falta do serviço. Eu não fui o primeiro pai a perder um filho por conta de um problema assim, não sou o último também. Mas o que me deixa revoltado é saber que tem muita gente passando por isso”, argumentou.

A Defensoria Pública do Tocantins atende muitos casos como esses, ingressa na Justiça e consegue decisões favoráveis determinando que o governo providencie a cirurgia em outros estados. Mas, muitas vezes, os bebês não resistem.

Famílias sofrem com a falta de cirurgia cardíaca em bebês no Tocantins

“Nós contabilizamos aqui na Defensoria Pública, de pessoas que acessaram a justiça, tiveram a liminar e mesmo assim não tiveram sucesso na cirurgia, ou faleceram antes da intervenção ou depois. O número pode ser maior porque há pessoas que sequer buscaram a defensoria. No fim do ano, nós levantamos que na maternidade Dona Regina até novembro, teria tido 81 óbitos. Destes óbitos, alguns podem ser de cardiopatia”, explica o coordenador do Núcleo Especializado de Defesa da Saúde, Arthur de Pádua.

O defensor público disse ainda que o procedimento de cirurgia cardíaca pode ser implantado de duas formas no estado.

“Como a implantação do serviço demora e tem que fazer treinamento de pessoal, que o estado garanta o credenciamento com a iniciativa privada, seja em outro estado ou aqui mesmo. E num segundo momento, que o estado treine as equipes e estruturem esse serviço aqui, justamente a fim de que, quando tiver o diagnóstico, essa criança seja submetida diretamente a cirurgia”.

A Secretaria de Saúde do Tocantins informou que transfere os bebês para um hospital em Minas Gerais. Informou que a filha da Dalila está sob os cuidados de médicos no Hospital Dona Regina e está aguardando essa transferência, que, segundo a secretaria, já foi solicitada.

Sobre o caso da filha do Thiago, que morreu no ano passado, a secretaria afirmou que ela foi transferida para que fosse feito o procedimento.


Bebês com problemas cardíacos esperam por cirurgia

G1