A Sesacre confirmou a falta de médico pediatra, mas, disse que os demais médicos têm a obrigação de prestar atendimento às crianças
Um servidor público que atua na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Franco Silva, na Sobral, que pediu para manter sua identidade em sigilo, denunciou ao ContilNet, nesta segunda-feira (18) que há três anos o local não tem um médico especialista para atender aos moradores, em especial, os da Baixada da Sobral, que engloba vários bairros.
De acordo com ele, a situação complica bastante no fim de semana, quando a demanda de pacientes é maior. “Tem dias aqui que os médicos têm que se desdobrar para atender os pacientes graves, atendimentos comuns e crianças, muitas vezes, com poucos meses de vida”, relatou.
Upa da Sobral |
No entanto, o profissional destaca que alguns médicos se recusam a atender crianças pequenas, eles alegam, que “não é sua responsabilidade”. “Às vezes ocorre também, que as pessoas passam horas na fila em busca de atendimentos aos filhos, mas acabam barradas ou tendo que se deslocar a UPA do 2° distrito”, enfatizou.
Funcionários pedem socorro
O homem confidenciou ainda que não bastasse a falta de profissionais, para atender as pessoas, ainda enfrentam diariamente a falta de materiais básicos de saúde. “Esses dias não tínhamos nem remédio básico para dor. Semana passada, uma criança estava com dor de ouvido e o aparelho que que detecta o problema estava danificado”, salientou o denunciante.
Resposta da Sesacre
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), disse que a informação sobre a falta de pediatra procede, no entanto, ressaltou que a unidade não é obrigada a ter o profissional.“Não é obrigação ter pediatra na Upa, pois tem na do segundo distrito”, diz nota enviada ao ContilNet.
A assessoria disse também que, os médicos que atendem no local tem obrigação de atender às crianças que procuram a Upa. “Caso não atendam a direção irá tomar as devidas providências”, concluiu.
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