sábado, 23 de fevereiro de 2019

Mulher ganha R$ 18 mil na Justiça do AC após médico esquecer gaze no estômago dela

Maria Madalena fez cirurgia para retirar pedras na vesícula no Hospital das Clínicas em 2013. Direção do hospital disse que vai recorrer da decisão.


Justiça do Acre condenou hospital a pagar R$ 18 mil a paciente após médico esquecer gaze dentro do estômago 

Maria Madalena da Rocha ganhou na Justiça do Acre uma indenização por danos morais no valor de R$ 18 mil por um erro médico. A mulher passou por uma cirurgia para retirar pedras na vesícula em 2013 e teve uma pedaço de gaze esquecido dentro do estômago dela.

O procedimento foi feito no Hospital das Clínicas, em Rio Branco, antiga Fundação Hospitalar do Acre. A direção do hospital disse que vai recorrer da decisão.

A sentença foi dada pelo Juízo da 2ª Vara de Fazenda Pública da Comarca de Rio Branco. A juíza responsável pela sentença, Zenair Bueno, determinou que o hospital pague ainda o valor de mais de R$ 290 por um exame particular que a paciente fez para descobrir o problema.

Erro


Ao G1, a advogada de Maria, Mabel Barros, contou que a mulher descobriu o problema na vesícula na nona semana de gravidez. Ela foi orientada pelo médico a esperar a criança nascer para fazer a cirurgia e retirar as pedras da vesícula.

“Tiraram mais de 60 pedras na vesícula e mais ou menos uma semana após a realização da cirurgia ela começou a sentir muitas dores e não teve condições de amamentar e nem de cuidar da filha, quem cuidou foram os vizinhos”, afirmou.

A mulher falou para a advogada que sentiu tantas dores que chegou a desmaiar e delirar. Mabel acrescentou que a cliente é uma pessoa carente e teve que pedir ajuda aos familiares e vizinhos para fazer um exame particular e descobrir o que realmente tinha.

“Ela foi vítima de erro médico e, em decorrência desse erro, foi privada de amamentar e cuidar da filha porque ficou totalmente convalescente devido ao chumaço de gaze que deixaram no estômago dela. Só depois que fizeram uma endoscopia verificaram a existência desse corpo estranho e ela se dirigiu à Fundação. Não fez uma nova cirurgia, conseguiram tirar via oral”, finalizou a advogada.


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