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| O Pronto Socorro de Cuiabá, cujo telhado ficou parcialmente danificado (detalhe) |
Um vídeo que tem circulado nas redes sociais mostra como ficou o teto da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto Socorro de Cuiabá, após parte desabar em razão da chuva de terça-feira (19).
No momento do acidente não havia pacientes no setor, mas uma enfermeira ficou levemente ferida.
De acordo com a Prefeitura de Cuiabá, a servidora foi atingida no braço. Ela recebeu atendimento médico e passa bem.
A filmagem tem poucos segundos e mostra como o local ficou, com os destroços do forro e gessos espalhados pelo chão, em diversos pontos do quarto.
Denúncia ao Sindimed
Por meio de nota, o Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed) afirmou que recebeu denúncia dos profissionais que atuam na unidade de saúde sobre o episódio e também outros problemas, como na estrutura, falta de insumos e medicamentos.
De acordo com o diretor de comunicação do Sindimed, Adeildo Lucena, os profissionais se queixam da falta de condições de trabalho na unidade e da recorrente superlotação.
“Queremos que a Prefeitura de Cuiabá tome providências, no sentido de oferecer o tão propalado atendimento humanizado. Desejamos que a população possa ter um atendimento mais digno ali. Afinal, o atual Pronto Socorro seguirá funcionando após a inauguração parcial do novo”, considerou.
O sindicato ainda ressalta as condições precárias em unidades, como já denunciado pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT).
“O resultado dessa ‘Sangria’ é vista diariamente por quem frequenta as unidades e vê o povo sangrar. Falta o básico para o médico poder trabalhar. E quando algum procedimento dá errado por conta disso, acaba sendo, na maioria das vezes, o profissional responsabilizado, não o gestor público. Queremos, portanto, medidas mais enérgicas da Prefeitura, menos discurso e mais ação”, destacou Adeildo.
Isso porque, relembra o diretor, o prefeito dizia durante sua campanha eleitoral que a saúde seria prioridade.
“Me pergunto como será que estão sendo tratados outros setores importantes como educação e transporte público? Acredito que se a saúde vai mal, todo o resto vai mal. Saúde é questão de primeira ordem. Não podemos continuar querendo tapar a ferida com ‘band-aid’. Muito mais do que isso, precisamos é estancar essa ‘sangria’ de verdade”, finalizou.
Reparos
De acordo com o secretário adjunto em Assistência em Saúde, Milton Corrêa da Costa Neto, a equipe de reparos da unidade hospitar foi acionada para fazer consertar o forro.
“A gestão da unidade hospitalar aguarda agora o parecer técnico da engenharia e demais setores de segurança e controle hospitalar para avaliar a necessidade de interdição do local”, explicou.
Veja o vídeo:
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