quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Médicos choram enquanto pacientes morrem no Amazonas

A crise no setor de saúde é apenas uma extensão das diversas fraturas do Estado. Não é apenas a saúde que está na UTI, é um Amazonas desorganizado, com gente incompetente, afoita, atrasada e despreparada para os desafios do momento.

Os médicos sempre reclamaram de melhores condições de trabalho, mas havia governo e interlocutores com os quais conversavam. Hoje a interlocução acabou e o povo agoniza nos hospitais.

O que os médicos estão fazendo é o que se espera deles: mostrar que zelam pela vida, pois para isso foram preparados.



Julgar de forma negativa esse comportamento, atribuindo as denúncias a um possível controle da presença desses profissionais no local de trabalho é um atentado ao bom senso, uma negação da verdade - pois são fartos os casos que revelam o total abandono da rede hospitalar pelo Estado.

O caos que o Amazonas está vivenciando no momento - da saúde à educação, dos pacs às obras paradas - é uma prova contundente de que não há governo e não há gerenciamento da coisa pública.

Estarrecida a população assiste médicos desesperados, com lágrimas nos olhos, frustrados na tentativa de salvar vidas, enquanto pacientes morrem por falta de coisa básica, como um simples cordão.

Não terá chegada a hora dos órgãos de controle agirem para evitar que diante de tanto descalabro recursos públicos se percam nos escaninhos do poder? Não terá chegado hora de o Poder Legislativo intervir, seja com processo de impeachment, seja constituindo uma comissão para atuar junto ao novo governo, apontado falhas e sugerindo caminhos que coloquem novamente a máquina nos trilhos?




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