Vítima de um infarto, a mulher morreu quando era atendida em Rio Branco. Família vai denunciar o caso.
Após infarto, mulher é levada até UTI aérea em pau-de-arara e morre dias depois |
Há 14 dias, a família da idosa Francisca Oliveira, de 76 anos, tenta se conformar com a morte dela. O caso se torna ainda mais grave porque a família acredita que houve negligência no atendimento à idosa que morreu vítima de um infarto.
A denúncia é comprovada por um vídeo que mostra Francisca sendo transportada do Hospital Dr. Sansão Gomes, em Tarauacá, no interior do Acre, até o aeroporto da cidade, de onde seria transferida para a capital Rio Branco em um pau-de-arara. Isso porque, segundo a família, não havia ambulância para levar a paciente até a UTI aérea.
A mulher morreu vítima de infarto no dia 5 de fevereiro quando estava já na capital. A família da idosa acredita que o óbito ocorreu por causa do transporte inadequado que teria piorado o quadro da de Francisca que sofreu um infarto.
A família disse que vai denunciar o caso. “Os médicos vieram para levar a mãe e quando chegaram no hospital, estava aquele carro lá. O sol estava muito quente e o estado que ela tava, na carroceria do carro, o trajeto longo e a cidade toda esburacada, o carro balançava de um lado para o outro e meus irmãos e os médicos seguravam para ela não cair”, conta Maria das Dores, filha da paciente.
A prefeita do município, Marilete Vitorino, disse ao G1 que não tinha conhecimento da situação e soube da morte da idosa, ajudou no traslado do corpo de volta para o município, mas não sabia o que tinha acontecido. “Não tinha tido informações da forma como eles tinham ido”, disse.
Mulher foi carregada na carroceria de caminhão até aeroporto da cidade |
Sem ambulância
A diretora do hospital, Rosane Maia, informou que durante um período de, pelo menos, cinco meses a unidade não tinha ambulância para transportar os pacientes.
“A nossa unidade aqui de Tarauacá não estava tendo unidade do Samu desde a gestão anterior. Acredito que nós passamos mais de cinco meses sem Samu e o transporte desses pacientes eram feitos no carro de apoio que nós temos ou quando a gente conseguia ajuda do diretor do Hospital geral de Feijó”, conta
A gestora disse que, após pedido, agora têm uma viatura provisória. Já a família de Francisca Oliveira afirma que o caso será denunciado.
“Nós vamos denunciar para que isso não volte a acontecer. Todas as vezes que a gente vai ao hospital a ambulância não está”, diz Maria das Dores.
Direção do hospital no interior do Acre diz que passou cinco meses sem ambulância |
G1
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