domingo, 10 de fevereiro de 2019

HRC: Aqui está uma calamidade não tem nada, Denúncia Médicos do Hospital de Corrente ao entrar em greve

Médicos do Hospital Regional de Corrente depois de reunião com todos  entre eles prestadores de serviços ou efetivo resolveram paralisar os trabalhos na noite dessa terça feira (05) a decisão foi informada para representantes do Ministério Publico.


Dr. Epifânio, Dr.Jean,Dr. Wilson, Dra. Fátima, Dr.Valter e Dr. Nelson em reunião ontem(05) a noite no Hospital  Regional de Corrente em que decidiram por parar atividades sem ter o minimo de estrutura e pagamento do servidores que estão chegando a 05 meses            
Uma das reivindicações é o salario em dias dos servidores que já chega a 05 meses de atraso, Segundo os médicos a paralisação é até o governo resolver os problemas do Hospital que não são poucos.
Com base em informações dos médicos, hoje chegou à situação de calamidade publica mesmo simplesmente não tem a menor condição de funcionamento, além da categoria médicos a situação de outros servidores é alarmante.
Ouve uma espécie de cala boca durante a campanha de 2018, pois alguns meses foram repassados para os servidores, Mais logo que passou a eleição voltou à situação em que vem só piorando a cada mês, agravando de vez no mês de janeiro e agora inicio de fevereiro 2019.    
“Em janeiro já no novo e quarto mandato do governador W. Dias de Teresina só tem chegado promessas e mais promessas e nada mais” Desabafa os médicos.
“Estamos aqui hoje reunidos no HRC tristes e lamentando a situação que vive hoje aqui, situação de calamidade mesmo aqui falta tudo” Disse um dos médicos que lembrou que há quatro anos já tinham feito à mesma coisa e que inclusive naquela época também ouve audiência publica para informar a população e agora do mesmo jeito tendo novamente que tomar essas medidas extrema de paralisar as atividades e convocar a população para audiência publica na câmara de vereadores de Corrente para debater a situação.     
Atendimento no Hospital de Corrente desde a noite dessa terça feira só atendimento para emergência somente em casos extremamente de vida ou morte.
A câmara de vereadores através do seu presidente o vereador Toni já se manifestou favorável para audiência publica que será definida data ainda essa semana.
Denuncia do Portal Fortt Noticias publicada em 08 de Janeiro 2019    
Recentemente o portal fort noticia em matéria assinalada pelo jornalista Israel Guerra denunciou a situação precária que se encontra o HRC, Confira abaixo.  
Por Israel Guerra
Na área externa, o mato se torna ambiente favorável para ratos, cobras e baratas.
As pessoas que buscam tratamento de saúde no Hospital Regional João Pacheco Cavalcanti, na cidade de Corrente-Piauí, se deparam com uma situação humilhante e constrangedora.
Os pacientes internados agonizam com o calor infernal nas enfermarias que não possuem sequer um ventilador, numa cidade em que a temperatura, na sombra, beira os 35 graus Celsius.
Num quarto, de aproximadamente 20 metros quadrados chegam a dormir oito pessoas (pacientes e acompanhantes), que dividem o pequeno espaço com as camas, cadeiras, malas e bolsas. “Aqui é mais quente que no inferno, estamos pra morrer de calor”, disse um paciente, que pediu para não ter sua identidade revelada. 
Em várias enfermarias não tem aparelhos de ar-condicionado, os poucos que ainda restam pendurados nas paredes não funcionam, estão quebrados.
As malas, bolsas e ventiladores são colocados na mesma cama do paciente ou no chão, porque não tem um móvel para agasalhar os pertences.
Alguns banheiros das enfermarias exalam um mau cheiro ao dá descarga nos vasos sanitários, podendo piorar ainda mais a saúde dos pacientes contaminando-os com bactérias.
Na área externa, próxima às enfermarias o mato está tão alto que se torna ambiente favorável para ratos, cobras, baratas e mosquitos da dengue.
Há problemas toda parte.  Nos banheiros há vasos quebrados, infiltrações nos ralos e portas que não fecham, com fechaduras quebradas, os pacientes fazem as necessidades fisiológicas numa situação constrangedora.
Em outra sala onde são feitos os exames de eletrocardiograma o lixo divide espaço com funcionários e pacientes.
Algumas camas estão enferrujadas, falta lençóis para atender a grande demanda de pacientes que chegam diariamente de Corrente e cidades circunvizinhas.
Uma senhora, acompanhando a sua mãe, que não quis se identificar, disse que já havia buscado atendimento nos hospitais das cidades de Gilbués e Monte Alegre, mas em ambos, não tinha médico para atendê-la. “Fui obrigada a vir para Corrente na ambulância do SAMU. A sorte é que trouxe o meu lençol e ventilador, senão, minha mãe estaria deitada nessa napa quente”, disse a moradora da cidade de Gilbués.
O médico que também pediu para não ser identificado lamentou as más condições de trabalho. “Não está fácil trabalhar aqui, mas fazemos o possível para oferecer um bom atendimento”, afirmou o profissional.
Em janeiro de 2018 o Portal Fort Notícias publicou matéria mostrando a dificuldade financeira enfrentada pelo hospital. No período de um ano a situação agravou bastante. 
Nessa época, a diretora, Lindaura Cavalcanti, já dizia que a falta de dinheiro era o principal problema enfrentado. “Como os recursos são poucos é feita uma grande ginástica financeira, priorizando os serviços mais essenciais”, afirmava a diretora.
No cargo há 4 anos, ela implantou um sistema gerenciador financeiro para adequar a realidade das finanças.
Os recursos repassados pelo governo do Estado e pela prefeitura de Corrente, média de R$ 150.000, mensal,  são insuficientes para atender a demanda de 11 municípios. 
A situação é vergonhosa e revoltante, principalmente para o cidadão que leva em suas costas uma grande carga tributária.
Em 2018, o Piauí arrecadou em impostos exatamente R$ 11.858.748.317,15. No ano anterior, o valor foi de R$ 10,79 bilhões.
Nesta sala havia um aparelho de ar-condicionado

Algumas tomadas não funcionam
Pacientes dividem o espaço na cama com bolsas e sacolas
Mato é moradia de ratos, baratas e mosquito da dengue
Porta do banheiro não têm tranca
Lixo na sala de exames de eletrocardiograma
Cama enferrujada
Janela tapada com papel e fita adesiva
Gambiarra na tomada é o retrato do caos
Bolsas são colocadas ao chão
Lençol colorido não é do hospital
Vaso sanitário quebrado exala mal cheiro
Na cama, bolsas e sacolas dificultam acomodação dos pacientes
Sujeira toma conta da área externa
Mato ameaça invadir salas
De tão velhas, cerâmicas estão caindo da parede

Pacientes aguardam atendimento
Sem local adequado, papel higiênico fica na janela do banheiro
Idosa fica à beira da cama por causa das bolsas
Ar-condicionado é apenas decorativo,  não funciona.
Sem mesa, bolsa é colocada no chão
Banheiro da uma das enfermarias
Cadeira para acompanhantes 


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