Cenas de desrespeitos também foram presenciadas pela paciente; Sesau diz que alta demanda enrolou atendimento
Paciente que prefere não se identificar, de 31 anos, denunciou espera de mais de três horas e atendimento parado na manhã desta quarta-feira (6), na UPA Coronel Antonino, em Campo Grande. Além da falta de médicos, a sensibilidade dos servidores da recepção é bastante criticada.
A denunciante conta que chegou ao local por volta das 10h e até às 13h de hoje ainda não havia sido atendida. Pior ainda, por volta das 11h os médicos pararam de chamar novos pacientes, aumentando o tempo de espera. “Estou desde as 10 horas, mas tem gente com muito mais tempo. Eu até já vou embora passar numa farmácia mesmo”, diz revoltada.
A mulher destaca que, pior que a demora, é a falta de empatia dos servidores municipais. “Difícil eu vir em posto, venho quando de fato preciso. O descaso é com todo mundo e o mais chato é ver a maneira que esses funcionários olham para as pessoas, com cara e jeito de menosprezo, chega doer só de olhar”, relata.
De acordo com a denúncia, três pessoas estão na recepção, mas apenas uma atende. “Um senhor está atendendo, uma senhora no celular e a outra de cabeça baixa nem olha na cara de ninguém e estava digitando sabe Deus o quê”.
Cena de desrespeito também foi presenciada pela paciente. “Um senhor perguntou se ia demorar para ser atendido e a moça falou: ‘o senhor já passou pela triagem?’ Ele disse ‘sim, tem mais de horas’ e ela, grosa, gritou ‘então é só aguardar’ e apontou a mão para ele sentar”, descreve.
Outro lado
Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que "hoje pela manhã haviam três médicos clínicos e cinco pediatras fazendo o atendimento na unidade. Em decorrência da alta demanda houve um tempo maior de espera, principalmente de casos menos graves, porém todos estavam sendo atendidos dentro do tempo protocolar".
A secretaria destaca que a "troca de plantão acontece às 13h e durante o período vespertino cinco clínicos estão atendendo na unidade".
Com relação ao comportamento do servidor, a Sesau orienta que "caso o paciente se sinta ofendido, ele deve formalizar sua queixa através da Ouvidoria 3314-9955. Porém, a informação da unidade é de que em nenhum momento os servidores teriam "destratado" algum paciente e tão somente passado as orientações pertinentes".
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