Conselho Regional de Enfermagem em Alagoas (Coren-AL) afirmou que irá realizar uma denúncia ao Ministério Público Estadual
Sem leitos, pacientes estão se alojando no chão para serem atendidos. Foto: divulgação |
A Maternidade Santa Mônica tem enfrentado problemas como
superlotação, carência de enfermeiros e até a presença de escorpião nos
corredores da unidade de saúde no Poço, em Maceió. A situação foi
flagrada em imagens e foi confirmada pela própria maternidade.
O Conselho Regional de Enfermagem em Alagoas (Coren-AL) afirmou que
irá realizar uma denúncia ao Ministério Público. Nas imagens, é possível
ver um aglomerado de mães sentadas em cadeiras, macas pelos corredores,
e uma paciente deitada no chão por falta de leitos.
Imagens flagraram um escorpião em um dos corredores da maternidade. A
Santa Mônica é uma unidade de saúde voltada para mães que tiveram um
parto de alto risco.
Ainda de acordo com o Coren, enfermeiros da maternidade acumulam
pacientes, estando um profissional responsável por dois a três setores. A
assessoria do Coren não soube informar a quantidade de pacientes por
setor, mas afirmou que, para suprir a demanda, é preciso que a unidade
tenha mais 45 enfermeiros e mais 102 técnicos de enfermagem. Segundo o
conselho, já existe uma ação civil pública instaurada pelo Ministério
Público para apurar a superlotação na Santa Mônica.
A maternidade, gerida pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde
de Alagoas (Uncisal), confirmou a superlotação dizendo que o cenário
existe desde o dia 13 de maio. Segundo a maternidade, estão faltando
leitos e isso pode acarretar na falta de insumos, já que o abastecimento
da unidade acontece de acordo com o número de macas. Sobre o surgimento
de escorpiões, a maternidade informou que tem realizado dedetizações.
Confira a nota do hospital:
Em relação às denúncias feitas à imprensa, a Maternidade Escola Santa Mônica esclarece:
Desde o dia 13 de maio a unidade vem enfrentando o cenário de superlotação e, em virtude do perfil de alto risco das pacientes, não conseguiu transferência para outras unidades maternais através do Complexo Regulador Assistencial (CORA) do município.
Desde o dia 13 de maio a unidade vem enfrentando o cenário de superlotação e, em virtude do perfil de alto risco das pacientes, não conseguiu transferência para outras unidades maternais através do Complexo Regulador Assistencial (CORA) do município.
Assim, as pacientes foram atendidas e receberam a assistência necessária ao quadro de saúde que apresentaram, porém, algumas só tiveram leitos disponibilizados à medida que outras pacientes receberam alta.
A direção reforça ainda que a superlotação prejudica também o abastecimento da maternidade, já que este é feito com base no número real de leitos e com o aumento da demanda a tendência é que ocorra falta de insumos.
Para solucionar esse problema, a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), responsável pelo abastecimento da maternidade, foi acionada e vem atuando diuturnamente com o propósito de reabastecer a unidade e garantir os serviços.
Sobre o surgimento de escorpiões, a Maternidade destaca que realiza as dedetizações periódicas, conforme preconiza a Vigilância Sanitária. No entanto, devido o entorno ao qual está inserida ocorre a migração desses animais de outros imóveis.
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