Uma denúncia encaminhada ao
Ministério Público Estadual (MPE) e ao Conselho Regional de Enfermagem
(Coren) relata a situação de superlotação dentro da Maternidade Santa
Mônica e ausência de medicamentos para realizar o atendimento das
pacientes que chegam à unidade em trabalho de parto.
Essa situação, segundo a
denúncia apresentada funcionários que não quiseram se identificar, vem
ocorrendo há mais de um mês e prejudica o funcionamento da maternidade.
Em vídeos enviados ao CadaMinuto nesta terça-feira (21), os
profissionais mostram pacientes aguardando atendimento deitadas no chão,
outras já em fase de internação sentadas nas cadeiras.
“A situação está bastante
preocupante, pois nós como profissionais da unidade estamos ficamos
doentes de conviver com cenas como essa, pois além de ser uma sobrecarga
física acaba sendo emocional também”, colocou o profissional.
Além da superlotação, os
pacientes ainda estão enfrentando a ausência de medicamentos e insumos
para a realização de alguns procedimentos básicos, como sabão para lavar
as mãos, álcool 70%, papel toalha, remédio para controlar pressão,
remédio para dor e outros.
“Não tem profissional
suficiente para fazer o acolhimento das pacientes, o atendimento e
assistência às gestantes e recém-nascidos”, apresenta a denúncia.
Nota Oficial
Em nota oficial, a Maternidade Escola Santa Mônica esclareceu:
"Desde o dia 13 de maio a unidade vem enfrentando o cenário de superlotação e, em virtude do perfil de alto risco das pacientes, não conseguiu transferência para outras unidades maternais através do Complexo Regulador Assistencial (CORA) do município.
Assim, as pacientes foram atendidas e receberam a assistência
necessária ao quadro de saúde que apresentaram, porém, algumas só
tiveram leitos disponibilizados à medida que outras pacientes receberam
alta.
A direção reforça ainda que a superlotação prejudica também o
abastecimento da maternidade, já que este é feito com base no número
real de leitos e com o aumento da demanda a tendência é que ocorra falta
de insumos.
Para solucionar esse problema, a Universidade Estadual de Ciências da
Saúde de Alagoas (Uncisal), responsável pelo abastecimento da
maternidade, foi acionada e vem atuando diuturnamente com o propósito de
reabastecer a unidade e garantir os serviços.
Sobre o surgimento de escorpiões, a Maternidade destaca que realiza
as dedetizações periódicas, conforme preconiza a Vigilância Sanitária.
No entanto, devido o entorno ao qual está inserida ocorre a migração
desses animais de outros imóveis".
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