sexta-feira, 17 de maio de 2019

Falso médico vendia água como remédio na PB


Um falso médico naturopata foi preso em flagrante, na manhã de ontem, no Distrito de Jacumã, no município do Conde, na Grande João Pessoa, durante a operação “Água Santa”, coordenada pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público da Paraíba (MP-Procon).

O homem foi flagrado fabricando e comercializando ilegalmente água adulterada, com rótulo falsificado, em que diz que o produto tem fins terapêuticos e pode ser usado no tratamento e na prevenção de doenças, como o câncer. Vários galões do produto foram apreendidos pela Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), que também participou da operação, junto com a Secretaria Estadual da Receita (SER-PB), Fisco e a Delegacia do Consumidor.

Conforme o diretor do MP-Procon, o promotor de Justiça Francisco Glauberto Bezerra, a operação faz parte do programa de prevenção a acidentes de consumo e é resultado de investigações sobre uma denúncia de que um falso médico estaria comercializando água, com a promessa de que o produto tem propriedades medicinais.

Durante a operação “Água Santa”, a equipe constatou várias irregularidades e a prática de crimes, como a fabricação e a comercialização ilegal do produto, já que não há nenhuma autorização dos órgãos competentes.

Também foi constatada a adulteração de produto alimentício, uma vez que a água da marca “Alcalin”, na verdade era uma mistura da água da rede de abastecimento (Cagepa), com água mineral, que passava por um processo de filtragem e recebia substâncias, como cloreto de sódio e de magnésio.

A equipe também constatou a falsificação na rotulagem do produto, que diz que a água é alcalina, medicinal e traz a mensagem de que “o câncer jamais se desenvolve em ambiente alcalino”, induzindo os consumidores a acreditarem nas propriedades terapêuticas do produto que era comercializado.

Comércio

Segundo as investigações, a água da marca “Alcalin” já vinha sendo comercializa desde fevereiro, em Jacumã, a “pacientes” do falso médico e em mercadinhos e postos de combustíveis locais.

Foram apreendidos recibos, mostrando que um galão de 20 litros do produto era vendido a R$ 8,00. A Agevisa apreendeu galões de 20 litros, 5 litros, 3 litros do produto, além de garrafinhas de 500 ml da água adulterada.








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