Segundo Elza da Silva Oliveira Caixeta, em primeiro atendimento foi diagnosticada com um simples resfriado. Em SP foi submetida a outro exame que diagnosticou o vírus Influenza A.
Uma paciente entrou com uma ação na sexta-feira (17) contra o Hospital
Santa Rosa por negligência médica devido ser descartado o diagnóstico de
H1N1 após a avaliação médica em Cuiabá. Uma segunda avaliação, em outro
hospital em São Paulo (SP), a paciente foi diagnosticada com o vírus
Influenza A. Em nota, o hospital alegou que ela não apresentava os
sintomas da doença - Veja a nota na íntegra ao final da reportagem.
Elza da Silva Oliveira Caixeta, que é advogada, afirmou que foi até o
atendimento de emergência Hospital Santa Rosa na quinta-feira (2), pois
estava passando mal, com febre alta, tosse, dores no corpo e na cabeça,
vômito e foi atendida por um médico residente. O médico solicitou exames
de sangue e raio-X e logo depois a encaminhou para receber medicação
para baixar a febre.
Na avaliação dos exames feitos, o diagnóstico informado pelo médico foi
que a advogada estava com um simples resfriado. Depois disso, ela
recebeu alta e foi medicada através de uma receita a fazer o uso de
alguns remédios, como analgésico, antifebril e anti-inflamatório,
segunda Elza.
Elza disse ao G1
que, após a consulta, os sintomas não melhoraram mesmo como uso dos
medicamentos. No decorrer, ela foi para SP na segunda-feira (6) para uma
consulta agendada, pois faz quimioterapia. Na ocasião, ainda estava
sentindo-se mal e buscou atendimento junto ao Pronto Atendimento do
Hospital Beneficência Portuguesa, e foi realizado emergencialmente o
exame de sangue, que deu resultado positivo para Influenza A (H1N1).
Segundo a advogada, ela foi levada para o isolamento respiratório, pois
a doença é infecciosa e ficou internada durante seis dias. Após receber
alta, voltou para a capital e no percurso teve vários problemas
decorrente a saúde debilitada e com a viagem. Contudo entrou com uma
ação de má prestação de serviço contra o Hospital que fez o primeiro
atendimento.
Elza disse que tem mieloma múltiplo, uma doença autoimune e que desde
de 2017 está em tratamento médico. Por causa da doença crônica fez
transplante de medula óssea em 2018 no Hospital Beneficência Portuguesa e
realiza sessões de quimioterapia a cada três meses regularmente. Ela
afirmou que por possuir uma doença crônica deveria ter tido atendimento
mais específico, pois, se caracteriza como grupo de risco.
Segundo a advogada, ela entrou com uma ação de reparação, por danos
morais e material contra o hospital que fez um primeiro exame e não
diagnosticou que estava com o vírus da Influenza A H1N1.
Em nota, o Hospital Santa Rosa disse que a paciente foi atendida e
apresentou sintomas respiratórios de vias aéreas superiores muito
inespecíficos e sem sinais iminentes de gravidade. A paciente estava de
uso prévio e ambulatorial de antibiótico oral. Na ocasião, a paciente
não apresentou sintomas de falta de ar, dor muscular intensa ou febre
alta, estava com um quadro de tosse seca e coriza (nariz escorrendo),
que não são sintomas específicos do Influenza H1N1 e podem ocorrer em
qualquer tipo de infecção viral.
"Um exame de raio-X foi realizado e também não evidenciou processo
infeccioso. O hospital não realiza a triagem de rotina para Influenza
H1N1, exceto para pacientes que apresentem evidência de insuficiência
respiratória, o que não era o caso da paciente que estava com os
sintomas há cerca de duas semanas. Tendo em vista que o quadro clínico
não era mais indicativo de um tratamento antiviral específico. O quadro
clínico da advogada foi discutido entre o médico plantonista assistente e
o oncologista da paciente sendo orientado o tratamento ambulatorial",
diz trecho da nota.
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