sexta-feira, 3 de maio de 2019

Pacientes morrem diariamente no RJ à espera de um leito de terapia intensiva em hospitais públicos, diz Defensoria

Levantamento da Defensoria Pública da União mostra que no dia 18 de abril 123 pacientes em esperavam vagas em UTIs. Média é de 6 mortes por dia. Órgão anunciou que vai processar o governo do RJ e governo Federal pela falta de leitos.

Defensoria Pública do União aponta média de 6 mortes por dia por falta de leitos de UTI

A Defensoria Pública da União anunciou nesta quinta-feira (2) que vai processar o governo do Estado do Rio e o governo Federal pela falta de leitos de UTIs dos hospitais no RJ. 

Levantamento feito com base nos dados da Central de Regulação do Estado e do Cadastro Nacional de Estabelecimento em Saúde, constatou que o número de pacientes à espera de vaga para internação chegou a 123 no último dia 18 de abril. 

A ação civil pública anunciada pelo órgão é para exigir que os governos ampliem a oferta de leitos nos hospitais. 

A Defensoria afirmou que muitas pessoas em estado grave permanecem em UPAs, sem estrutura necessária, aguardando transferência. De acordo com o levantamento, em média, seis pessoas morrem a cada dia no Rio de Janeiro, por falta de leito de terapia intensiva. 

No total, o levantamento mostra que faltam, pelo menos , 131 leitos de UTI para adultos e 65 para crianças. 

De acordo com os números, só neste ano, 429 pessoas morreram sem receber o tratamento mais adequado para as suas doenças. Segundo a Defensoria Pública, a situação é de pacientes em estado grave que aguardam uma transferência em Unidades de Pronto Atendimento municipais e estaduais. 

Saúde do RJ e Ministério respondem

A secretaria de Saúde do RJ afirmou que vem fortalecendo as regulações regionais para agilizar as transferências de pacientes. 

Em nota na noite desta quinta-feira (2), o Ministério da Saúde informou que, de 2010 a 2018, houve aumento no número de leitos UTI no Brasil. Segundo eles, o Estado do Rio de Janeiro tinha, em 2010, 2.176 leitos de UTI do SUS. Em 2018, o número passou para 2.507 leitos. 

Na avaliação do ministério, "a habilitação de novos leitos deve ser solicitada pelos gestores locais. A habilitação e a liberação de recursos são feitas mediante apresentação de projetos, que são analisados pela pasta". 

G1 


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