quarta-feira, 8 de maio de 2019

Após morte de jovem, hospital de Salvador é responsabilizado em outro óbito pós-parto


Após a divulgação do caso da adolescente Ana Paula Araújo dos Santos, de 17 anos, que morreu, depois de dar à luz no Hospital da Sagrada Família, em Salvador, outra família relatou uma situação semelhante ocorrida com a jovem Mariana Portugal Santiago, também de 17 anos, que faleceu na mesma unidade de saúde. A diferença de tempo de uma história para outra é de, apenas, 2 meses.

O casal Shirley e Neilton, pais de Mariana, fizeram uma denúncia à reportagem do programa Que Venha o Povo da TV Aratu, com a intenção de evitar, segundo eles, que outras gestantes morram por negligência médica. De acordo com os familiares, a adolescente deu à luz Arthur, através de parto cesárea, no último dia 31 de janeiro no Hospital da Sagrada Família. Ela teria recebido alta no dia 2 de fevereiro e retornado com fortes dores, da mesma forma que Ana Paula, no dia 12 de fevereiro.

Os pais de Mariana disseram, ainda, que a unidade de saúde, então, a transferiu para outro hospital, onde a adolescente morreu, por conta de uma infecção, no dia 11 de março. Revoltados com a situação, Shirley e Neilton acionaram a justiça contra o Sagrada Família. Em contato com a assessoria de comunicação do hospital, a produção do programa QVP foi informada que a unidade irá se pronunciar, através de nota, mas até a publicação dessa matéria isso não aconteceu.


RELEMBRE O CASO DE ANA PAULA:

Ana Paula Araújo dos Santos, 17, morreu quatro dias após ter recebido alta do Hospital Sagrada Família, onde deu à luz uma menina, no último dia 30 de abril. Os pais da adolescente alegam negligência médica por parte da Maternidade, que fica no bairro de Monte Serrat, em Salvador.

De acordo com os familiares, a jovem foi liberada após o parto. Em casa, Ana Paula passou a sentir fortes dores na região da barriga. Ela retornou ao hospital, ficou internada e um dia depois, no sábado (4/5), faleceu. Os médicos teriam afirmado que a adolescente morreu por uma inflamação causada pela perfuração em órgão do aparelho reprodutivo, durante o parto.

A família também se queixa da não liberação do corpo. Os pais teriam agendado o enterro para a última segunda (6/5), no cemitério de Plataforma, mas, por conta do entrave burocrático, o sepultamento, ainda, não foi realizado.

Por meio de nota enviada à imprensa, o Hospital Sagrada Família alegou que “prestou toda a assistência necessária ao parto normal da paciente” e que a mesma foi acompanhada diante do quadro apresentado. A unidade de saúde disse, ainda, que será instaurada uma sindicância para os fatos sejam esclarecidos.

O Hospital da Sagrada Família, enquanto instituição filantrópica e religiosa, com sua gestão voltada para a humanização e promoção da saúde não se furtará em esclarecer os fatos, apoiar a família da melhor maneira e apurar responsabilidades, em consonância com sua missão na promoção da saúde, no bem-estar dos nossos pacientes, com respeito sempre ao bem maior que é a vida”, conclui.








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