Os pais do bebê Heitor finalmente conseguiram dar o último adeus ao
filho de dez meses, que acabou morrendo na barriga da mãe por
negligência médica.
No último dia 19 de abril, Carlos Sodré e Letícia Alves procuraram o
Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda, no Centro, onde
foram informados de que uma ultrassonografia deveria ser feita, no
entanto, não havia vagas.
A situação se repetiu por dias, quando o coração da criança parou de bater.
Os pais de Heitor conseguiram na Defensoria Pública de Anchieta, na
Zona Norte do Rio, um ofício com a isenção das taxas para realizar o
enterro.
Eles foram direcionados ao cemitério de Inhaúma, na mesma região, mas
os funcionários informaram que o único cemitério que faz sepultamento
gratuito de crianças é o São Franciso Xavier, no Caju, que estava sem
vaga.
A funerária RioPax confirmou o sepultamento do bebê nesta
quarta-feira (1º), mas não houve velório, pois a gratuidade não prevê o
serviço.
Segundo o laudo da necrópsia, a causa da morte foi anorexia intrauterina, ou seja, a falta de oxigênio no útero.
A declaração de óbito feita pela maternidade acusava previamente
insuficiência placentária, quando a placenta fornece menos sangue do que
o necessário para o bebê.
A Polícia Civil investiga o caso. A Secretaria Municipal de Saúde
informa que vai apurar o atendimento, mas ressaltou que os protocolos
foram seguidos com base em exames realizados na paciente.
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