sexta-feira, 3 de maio de 2019

Justiça condena prefeitura a pagar indenização para família de paciente que morreu após briga entre médicos

Caso aconteceu no dia 28 de setembro de 2010, em São José do Rio Preto (SP). Carlos Ferreira da Silva, de 51 anos, foi levado ao local por familiares com suspeita de infarto, mas morreu após ambulância demorar; prefeitura deve pagar R$ 600 mil.

Homem foi levado para a UPA Norte em São José do Rio Preto — Foto: Reprodução/TV TEM
A Justiça condenou a Prefeitura de São José do Rio Preto (SP) a pagar R$ 600 mil de indenização a família do vendedor Carlos Ferreira da Silva, que morreu durante uma prestação de socorro na Unidade de Pronto Atendimento Norte, após dois médicos pararem o atendimento para brigar entre eles.
 
De acordo com informações obtidas na sentença, o caso aconteceu no dia 28 de setembro de 2010. Carlos Ferreira da Silva foi levado ao local por familiares com suspeita de infarto. 

O médico plantonista teria confirmado a suspeita e solicitado a imediata transferência para um hospital que teria melhores recursos. No entanto, a ambulância demorou cerca duas horas para chegar ao local. 

Ainda segundo o processo, quando o veículo chegou, o médico estava realizando manobras de reanimação do paciente e, ao questionar sobre a demora, o outro médico teria desferido um tapa no rosto dele e o chamado de “babaca”. 

Em seguida, os dois profissionais teriam interrompido o atendimento médico e começado a brigar. Após a confusão acabar, o vendedor Carlos Ferreira da Silva já estava sem vida. 

A família da vítima, que entrou com processo contra a prefeitura, pediu a condenação por danos morais, bem como indenização pelas despesas de funeral, luto e sepultura. 

O juiz responsável pelo caso considerou a demora inconcebível e injustificável e responsabilizou o município por toda confusão. 

O médico da ambulância, Rodrigo Tadeu Silvestre, foi demitido por justa causa. Na época, o então secretário municipal da saúde José Victor Maniglia afirmou que é inadmissível um funcionário agredir no decorrer do trabalho. 

João Carlos de Mauro Filho, o outro profissional envolvido na briga, foi afastado na época por 30 dias. Não há informações se ele voltou a exercer a função. 

A Procuradoria Geral de Rio Preto informou que ainda não foi notificado sobre a decisão da Justiça. 

G1 









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