Os médicos do Piauí irão paralisar as atividades nos dias
6 e 7 de maio com o objetivo de alertar a população para os riscos de
colapso na saúde e chamar a atenção do governo para que tome as
providências cabíveis e emergenciais.
A paralisação
foi decidida em assembleia geral realizada na noite do dia 23 de abril
no auditório do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), onde
os profissionais levaram fotos e relatórios que apontam a precarização
do sistema de saúde.
"A Diretoria do Sindicato dos
Médicos já vem solicitando incansavelmente, reuniões com o secretário de
saúde, com a vice-governadora e com o próprio governador para tratar
sobre a situação da saúde, porém, sem êxito. Trabalhar com a saúde nessa
situação precária, nunca será uma opção para classe médica. Estamos
denunciando a real situação, onde os médicos são forçados a atender a
população em condições precárias. Sabemos do risco que nós e a população
estamos correndo. A situação é tão grave, que estamos à beira de um
colapso na saúde”, diz Lúcia Santos, diretora do SIMEPI e da Federação
Nacional dos Médicos (FENAM).
Entre as
reivindicações da categoria médica, o piso salarial estipulado pela
FENAM, a progressão automática na carreira, a realização de novos
concursos públicos, pois os médicos assumem, diariamente, a carga de
trabalho de dois ou mais profissionais e melhores condições de trabalho.
Para o Presidente do Simepi, Samuel Rêgo, o momento
é de denunciar a população a real situação que a saúde do estado vem
passando. "A categoria médica já vem há algum tempo preocupada com o
sistema de saúde do estado do Piauí, tanto nos grandes hospitais da
capital, como também nos regionais. À frente do Sindicato, fazemos
fiscalizações e não precisa percorrer muito para ver tamanho descaso nos
corredores, falta de medicamentos, de insumos, de material básico. Uma
situação triste para o médico e desesperadora para a população. Já não
dá mais", desabafa.
“Esse movimento de paralisação
será um grito de socorro e esperamos que o Governo do estado sente com a
categoria para discutir ponto a ponto e reverta essa situação
calamitosa, afinal de contas, basta que os gestores cumpram a sua função
com o que lhes cabe dentro da saúde do Piauí, finaliza Dra. Lúcia
Santos.
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