Santa Casa nega negligência e afirma que medicamente poderia ser aplicado a criança
Uma criança teria tido seu quadro de
saúde agravado após receber uma medicação errada na Santa Casa de São
Roque, na segunda-feira passada (29). Em publicação realizada através
das redes sociais e enviada a nossa redação, a mãe conta que o filho de
nove anos chegou ao hospital com um quadro de febre, dores de cabeça e
após passar por exames, o médico teria receitado um medicamento
Nausedrom que foi aplicado através de soro no próprio hospital.
Entretanto, a medicação seria utilizada
para o controle de náuseas e vômitos induzidos por tratamento que passam
por procedimentos de quimioterapia e radioterapia. Segundo a mãe, pouco
tempo após o início da medicação, o quadro do menino piorou, o que
despertou a atenção de uma enfermeira da instituição, que rapidamente
percebeu o erro e retirou a medicação do garoto.
“Fiquei na Santa Casa de São Roque das
15 horas da tarde até às 21h30 horas da noite com meu filho em
observação e tomando medicação para cortar o efeito do outro medicamento
(Nausedrom). Hoje meu filho não era para estar aqui comigo”, comentou a
mãe através de publicação no Facebook.
Nossa redação procurou a Santa Casa de
São Roque para abordar o caso. Segundo a instituição, não houve
negligencia médica com relação ao atendimento da criança, que teve um
“resultado adverso à medicação”. “O médico que prestou atendimento
seguiu os protocolos internos de Prescrição de Medicação Antiemética
para crianças e adolescentes menores de 16 anos, elaborado a partir das
orientações da Associação Médica Brasileira e da Sociedade Brasileira de
Pediatria”, afirmou a administração da Santa Casa. De acordo com a
equipe administrativa, o paciente foi acolhido, a mãe recebeu
orientações e o caso foi encaminhado para o pediatra da Rede Básica para
acompanhamento, com consulta agendada, mas o paciente não compareceu.
A equipe administrativa da irmandade
também afirma que o médico cumpriu o protocolo técnico adequado para a
situação e que a administração e o responsável médico pela equipe do
Pronto Atendimento se reuniram com a mãe da criança no dia seguinte para
falar sobre o protocolo e explicar o uso da medicação. “O médico
reforçou (na ocasião) que muitos medicamentos são de uso comum em
diversas especialidades e em outros diagnósticos”, completa.
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