quinta-feira, 9 de maio de 2019

Falta de leitos e UTIs de hospitais públicos causa riscos

De acordo com dados divulgados pela Defensoria Pública, no último dia 18 haviam 135 pessoas na fila de espera por um leito
A precariedade do sistema de saúde no Rio afeta diversas famílias (Foto: Agência Brasil)
Em média mais de seis pessoas morrem por dia no Rio de Janeiro por falta de leitos em Unidades de Terapia Intensiva dos hospitais públicos. Ainda de acordo com dados divulgados pela Defensoria Pública, no último dia 18 haviam 135 pessoas na fila de espera por um leito, a maioria por infarto ou acidente vascular cerebral.

A Defensoria pede a expansão do número de leitos de CTI no estado, além da condenação por dano moral, por causa do sofrimento causado aos afetados pela situação.

A precariedade do sistema de saúde no Rio afeta diversas famílias. É o caso das filhas de Zenilda. A aposentada morreu no último domingo após sofrer uma parada cardíaca e claro, por causa também da negligência.

A idosa de 84 anos foi internada em uma Unidade de Pronto Atendimento da Zona Norte por falta de ar. O quadro piorou e os médicos apontaram a necessidade de um leito de UTI, que não tem na unidade. Sem vagas nos hospitais públicos, a família recorreu à justiça. Foram três decisões liminares obrigando o estado e o município a disponibilizarem um leito, mas isso não aconteceu:

O relatório da Defensoria Pública mostra ainda que o déficit de vagas no sistema fluminense chega a 194. Em alguns municípios, entretanto, sobram leitos. São os casos de Campos, no Norte Fluminense, com 46 a mais, e Valença, no médio paraíba, com 45 vagas sobrando.

De acordo com o defensor público Daniel Macedo o que agrava é que não são pacientes com quadro de saúde estável, mas sim pessoas que podem estar perdendo tempo de cura:

No Rio de Janeiro, já há, desde 2011, uma ação coletiva ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Rio em conjunto com a Defensoria Pública contra o estado, visando à expansão da rede, mas ainda tramita no Tribunal de Justiça.

No país, a baixa criação de vagas preocupa. Desde 2014, a taxa de abertura de novos leitos não passa de 5%. No último ano, sete estados mantiveram a mesma quantidade de leitos ou até cortaram. Um dos casos mais graves é o do Distrito Federal, que perdeu 4% dos leitos de UTI em dez anos.




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