Transtornado, ele ligou para a reportagem do Diário do Acre: “Me ajudem, pelo amor de Deus!”
O Palhaço Alegria é só tristeza neste domingo, Dia das Mães. Ele
ainda chora a morte da sogra, Elizabete Maia da Silva, aos 71 anos de
idade. Em um vídeo postado ontem (11), na rede social Facebook, Silas
Cavalcante, o homem por trás do personagem criado para fazer o público
sorrir, não conseguia conter as lágrimas, enquanto acusava um médico da
UPA da Sobral de negligência.
Em um telefonema feito à reportagem do Diário do Acre,
por volta das 19h30 deste sábado, Silas pediu ajuda na divulgação da
denúncia. Segundo afirmou, a sogra não apenas teria sido vítima do
descaso por parte do profissional que a atendeu, como a ambulância do
Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) levou cerca de duas
horas e meia para chegar à unidade de pronto atendimento, a fim de
transferi-la ao Pronto Socorro do Hospital de Urgência e Emergência de
Rio Branco (Huerb).
No começo da madrugada deste domingo (12), durante o velório, o Palhaço Alegria continuava desolado. Contatado pela reportagem, ele conseguiu, afinal, contar detalhes do ocorrido.
“Levei ela antes de ontem (sexta-feira, 10) à UPA da Sobral. Ela
estava vomitando. Deram Plasil, deram Dipirona, e a mandaram pra casa. À
tarde ela retornou de novo (para UPA) e fez exame que revelou um quadro
infeccioso. O médico de plantão mandou que ela tomasse o medicamento em
casa. Quando foi hoje de manhã cedo (sábado, 12) eu levei ela de novo, e
foi quando o novo médico plantonista nos recebeu às 7 horas da manhã.
Eu informei que o pé dela estava inchando muito e sangrando. E ele pediu
exames. Todo mundo viu que ela já deveria ter saído de lá”, conta.
Silas
Cavalcante atribui a morte da sogra à demora do profissional em
encaminhá-la ao PS. E promete, já nesta segunda-feira (13), denunciá-lo
ao Conselho Regional de Medicina (CRM-AC). Além disso, assegura que irá à
delegacia de polícia para fazer um boletim de ocorrência.
Não obstante o sofrimento da perda daquela que trata como ‘minha
mãezinha’, o Palhaço Alegria frisou não querer ‘politizar a questão’.
Segundo ele, a diretora da UPA e um representante da Sesacre estiveram
no local – e foi então que o médico resolveu tomar providências. Mas já
era tarde demais.
Ouça os áudios enviados ao Diário do Acre.
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