Em março, uma criança que estava com apendicite foi diagnosticada de forma incorreta com infecção intestinal, em uma UPA da cidade, segundo a família.
Município afasta médicos envolvidos no Caso Arthur |
Quatro médicos que atendem na rede pública de saúde de Foz do Iguaçu, no
oeste do Paraná, foram afastados das funções. O secretário municipal de
saúde, Nilson Bobato, informou nesta quinta-feira (9) que afastou os
profissionais para apurar denúncias de erros em atendimento.
Dos quatro médicos afastados, dois atenderam uma criança, de 8 anos, em
uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Jardim Palmeiras no
fim de março.
A família do menino afirmou que levou a criança duas vezes ao local. A
criança foi medicada, mas não passou por nenhum exame, segundo a
família. Um dos médicos informou que o menino tinha uma infecção
intestinal, conforme disse a mãe da criança à RPC.
Como o garoto não melhorou, a família disse que resolveu levá-lo para
uma clínica particular, que diagnosticou que ele estava com apendicite.
A mãe disse que precisou pagar R$ 20 mil para que o menino fosse
operado, já que não havia leito disponível pelo Sistema Único de Saúde
(SUS).
Após mais de 40 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de
um hospital Foz do Iguaçu, a criança foi transferida para a enfermaria,
onde está em observação.
O secretário municipal de saúde anunciou o afastamento dos médicos em
uma sessão da Câmara de Vereadores nesta quinta. Nilson Bobato disse que
os outros dois médicos, que foram afastados, cometeram um erro similar
na UPA do bairro Morumbi.
"Não posso permitir que um médico cometa um erro grave desse sem tomar
nenhum tipo de providência, e permitir que ele continue atendendo e
colocando em risco outras pessoas, se o caso for comprovado", disse o
secretário.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) também vai investigar o caso,
segundo o secretário. Até a publicação desta reportagem, o afastamento
dos médicos não havia sido publicado em Diário Oficial.
Criança foi atendida na UPA do bairro Jardim das Palmeiras, em março — Foto: Zito Terres/RPC |
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