sexta-feira, 10 de maio de 2019

Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu afasta quatro médicos para apurar denúncia de diagnóstico incorreto

Em março, uma criança que estava com apendicite foi diagnosticada de forma incorreta com infecção intestinal, em uma UPA da cidade, segundo a família.

Município afasta médicos envolvidos no Caso Arthur
Quatro médicos que atendem na rede pública de saúde de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, foram afastados das funções. O secretário municipal de saúde, Nilson Bobato, informou nesta quinta-feira (9) que afastou os profissionais para apurar denúncias de erros em atendimento.

Dos quatro médicos afastados, dois atenderam uma criança, de 8 anos, em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Jardim Palmeiras no fim de março. 

A família do menino afirmou que levou a criança duas vezes ao local. A criança foi medicada, mas não passou por nenhum exame, segundo a família. Um dos médicos informou que o menino tinha uma infecção intestinal, conforme disse a mãe da criança à RPC.
Como o garoto não melhorou, a família disse que resolveu levá-lo para uma clínica particular, que diagnosticou que ele estava com apendicite. 

A mãe disse que precisou pagar R$ 20 mil para que o menino fosse operado, já que não havia leito disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Após mais de 40 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital Foz do Iguaçu, a criança foi transferida para a enfermaria, onde está em observação. 

O secretário municipal de saúde anunciou o afastamento dos médicos em uma sessão da Câmara de Vereadores nesta quinta. Nilson Bobato disse que os outros dois médicos, que foram afastados, cometeram um erro similar na UPA do bairro Morumbi.
"Não posso permitir que um médico cometa um erro grave desse sem tomar nenhum tipo de providência, e permitir que ele continue atendendo e colocando em risco outras pessoas, se o caso for comprovado", disse o secretário. 

O Conselho Regional de Medicina (CRM) também vai investigar o caso, segundo o secretário. Até a publicação desta reportagem, o afastamento dos médicos não havia sido publicado em Diário Oficial. 
Criança foi atendida na UPA do bairro Jardim das Palmeiras, em março — Foto: Zito Terres/RPC
 G1




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